tag:blogger.com,1999:blog-73343282741243258792024-03-05T15:58:20.799-03:00Divagando sobre a hipótese espíritaA proposta deste Divagando é o de ser um espaço de elocubrações a partir da hipótese espírita. É um espaço necessário de liberdade e de imaginação que visa a reflexão e revisão do conhecimento espírita. Mas, não espere coisas com muito nexo! Aliás, o propósito é exatamente este! Divague esta idéia!Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-53673090456188671282013-06-05T21:59:00.003-03:002013-06-05T22:01:08.576-03:00Carta de João Pessoa<div style="text-align: center;"><b>CARTA DE JOÃO PESSOA</b></div><br />
Espíritas brasileiros, reunidos no III Encontro Nacional da CEPABrasil, sob a coordenação da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da Confederação Espírita Pan-Americana, na Aruanã Pousada, município de Conde, Estado da Paraíba, de 30 de maio a 2 de junho de 2013, com base nos princípios fundamentais da imortalidade do espírito e na sua progressiva capacidade de transformação individual e social:<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
1 – <b>Reafirmam</b> a assertiva de Allan Kardec segundo a qual “a aspiração por uma ordem superior de coisas é indício da possibilidade de atingi-la”, e que por isso “cabe aos homens progressistas ativar esse movimento pelo estudo e aplicação dos meios mais eficazes”;<br />
<br />
2 – <b>Declaram-se</b>, assim, plenamente alinhados àqueles segmentos sociais, políticos e religiosos que aspiram e pugnam por uma ordem social fundada nos princípios de dignidade, igualdade, liberdade e justiça;<br />
<br />
3 – <b>Ratificam</b> a convicção de que as conquistas historicamente obtidas e, após, consolidadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos atingem indistintamente todos os seres humanos, independente de raça, sexo, orientação sexual, nacionalidade, credo, condição social, política ou jurídica, merecendo irrestrita aplicabilidade também àqueles cidadãos investigados, processados ou condenados criminalmente. A supressão da liberdade, como legítimo meio de defesa social ou objetivando a recuperação do apenado não retira deste sua condição humana, pressuposto único a legitimá-lo como sujeito dos direitos fundamentais;<br />
<br />
4 – <b>Manifestam</b> sua preocupação com as tendências niilistas e materialistas da sociedade e ratificam a convicção nos valores fundamentais do espírito, aptos a despertarem no indivíduo e na sociedade a crença no verdadeiro sentido da vida;<br />
<br />
5 – <b>Propõem-se</b> a estimular, por todos os meios ao seu alcance, o desenvolvimento da ciência e da filosofia, como instrumentos de aperfeiçoamento das relações sociais, convictos de que o conhecimento das leis que regem o espírito, “princípio inteligente do universo”, conduz o ser humano à convivência harmônica e progressista de povos, nações e indivíduos inspirados nas leis naturais de Justiça, Amor e Caridade;<br />
<br />
6 - <b>Visualizam</b>, com base na proposta social espírita, na adequada interação homem-máquina, fruto do avanço tecnológico da contemporaneidade, oportunidade de aprimoramento das relações entre capital e trabalho e melhor dignificação do ser humano;<br />
<br />
7 – <b>Dispõem-se</b> a intensificar e ampliar as já existentes inserções deste segmento espírita em atividades destinadas à promoção da cidadania, defesa e garantia dos direitos humanos e aperfeiçoamento de políticas públicas, tal como já está fazendo junto ao Conselho Nacional de Saúde;<br />
<br />
8 – <b>Reconhecem</b>, por fim, a importância ínsita na proposta espírita do contínuo esforço individual de aprimoramento moral, mas compartilham, igualmente, do entendimento de que os organismos sociais e os valores éticos coletiva e socialmente aprimorados se constituem nos grandes vetores do progresso intelectual, moral e cultural do indivíduo e da sociedade.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">João Pessoa, 2 de junho de 2013.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA.</div>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-36353013824179921172012-11-26T22:09:00.000-02:002012-11-26T22:09:57.797-02:00III Colóquio Caminhos para o EspiritismoNo próximo dia 9 de dezembro estarei no <a href="http://www.caminhosparaoespiritismo.org.br/blog/iii-coloquio/">III Colóquio Caminhos para o Espiritismo</a> em Ribeirão Preto apresentando meu trabalho sobre uma <a href="http://divagando-hipotese-espirita.blogspot.com.br/2012/09/simulacao-da-evolucao-espiritual.html">Simulação da Evolução Espiritual</a>. O evento é gratuito e tem início às 08:30. Clique na imagem abaixo para ir para a página de inscrição.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><a href="http://www.caminhosparaoespiritismo.org.br/blog/iii-coloquio/inscricao/"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjals4ARZq-7iW-sU0NZ0RpMUIZ1PwUC6JQO32ZGx6cALRse0Y6S90EF93okHE4x5zicoJo3sUeO1pTgXrdfOVCqiPJdjL_U-mQ-F7tHp5cTBaU7Vo-8Lt1ma5PUPKGRsIZgbKe4aZdmAYQ/s400/Page+III+Col%C3%B3quio+Caminhos+FINAL.jpg" width="400" /></a></span></div>
Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-32650561807075011682012-09-13T00:33:00.001-03:002012-09-13T00:33:57.171-03:00Carta de Santos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz0Nkg7IjqAUWglaYVz-QEqKF5DZgBaGK6u4haoSDhMXHBO4NLEhfyZo7LbYqPaWLZIRpPnLewwSdCE97dwfLGPA5taF6VLZdAoy0ZVVuSjAJbEnZ0oMKty5iV7MkjZU5n8LptNsCZYJQW/s1600/image003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="92" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz0Nkg7IjqAUWglaYVz-QEqKF5DZgBaGK6u4haoSDhMXHBO4NLEhfyZo7LbYqPaWLZIRpPnLewwSdCE97dwfLGPA5taF6VLZdAoy0ZVVuSjAJbEnZ0oMKty5iV7MkjZU5n8LptNsCZYJQW/s400/image003.jpg" width="400" /></a></div><h2 style="text-align: center;">DECLARAÇÃO FINAL DO XXI CONGRESSO ESPÍRITA PAN-AMERICANO</h2><h3 style="text-align: center;"><u>CARTA DE SANTOS</u></h3><br />
Os participantes do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, da CEPA, que teve como tema central “Perspectivas Contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação”, realizado na cidade de Santos, São Paulo, Brasil, de 5 a 9 de setembro de 2012, emitem a presente Declaração, a partir de propostas, ideias e conceitos expostos e debatidos no referido evento:<br />
<a name='more'></a><br />
1. As estatísticas demonstram que a crença na reencarnação ou sua aceitação como hipótese científico-filosófica ganha expansão em todos os continentes, independentemente das tradições culturais e religiosas de seus respectivos povos e nações.<br />
<br />
2. Episódios cada vez mais frequentes de recordações espontâneas de prováveis vidas passadas, especialmente em crianças, assim como o emprego de hipnoses regressivas e experiências mediúnicas acessando presumíveis vidas anteriores à atual existência física, oferecem hoje rico manancial de estudos apto a fornecer suporte fático à teoria reencarnacionista.<br />
<br />
3. A aceitação da hipótese palingenésica, especialmente a partir da perspectiva racional e filosófica, apoiada em indícios e/ou evidências que se verificam no campo da ciência experimental, vem ao encontro das propostas fundamentais do Espiritismo, enunciadas nas obras básicas de Allan Kardec e em obras complementares de filósofos, cientistas, estudiosos, escritores e pensadores que, depois dele, vêm desenvolvendo a teoria espírita numa perspectiva progressista, laica e livre-pensadora.<br />
<br />
4. Como resultado desse sério e fecundo labor, é possível, no presente estágio cultural da Humanidade, apresentar a teoria reencarnacionista espírita como um novo paradigma filosófico e científico a merecer a apreciação, o estudo, o aprofundamento da pesquisa e a aplicação prática em todas as áreas do conhecimento e do agir humano.<br />
<br />
5. Para que a teoria espírita da reencarnação possa, efetivamente, ser assimilada como um novo paradigma filosófico e científico, entretanto, será mister oferecê-la à cultura humana, não mais como um artigo de fé religiosa, mas como conhecimento capaz de dotar o indivíduo e a sociedade de responsabilidade pessoal e coletiva sobre o progresso individual e social.<br />
<br />
6. Sublinhe-se que, a partir da visão genuinamente espírita, a reencarnação não é um fim em si mesmo. Ao contrário, é um meio idôneo, necessário, insubstituível, inserido em um processo multifacetado, dinâmico, parte integrante que é dos mecanismos da evolução, princípio científico consagrado pela modernidade.<br />
<br />
7. À luz da filosofia espírita, a reencarnação pode ser vista como poderoso instrumento de busca da justiça social, reduzindo, progressivamente, as desigualdades e injustiças sociais. Estas jamais devem ser interpretadas como decorrentes de suposta vontade divina, mas como resultado do orgulho, do egoísmo e do desrespeito às leis naturais. A proposta ética espírita combate esses vícios humanos e contribui com a construção de uma sociedade mais justa e solidária.<br />
<br />
8. Diferentemente de antigas crenças, como a da metempsicose, ou de algumas concepções ainda vigentes em doutrinas reencarnacionistas que se dizem inspiradas no cristianismo, no hinduísmo ou em outras concepções religiosas do mundo atual, a palingênese espírita defende que o espírito reencarna para progredir e não para resgatar culpas. Por isso mesmo, a visão reencarnacionista espírita é essencialmente pedagógica, exercendo importante papel na progressiva educação do espírito imortal.<br />
<br />
9. Plenamente inseridos nas propostas contemporâneas em favor da preservação dos recursos naturais indispensáveis à vida saudável presente e futura, os espíritas devem envidar constantes esforços em prol de uma teoria espírita reencarnacionista sustentável, apta a contribuir para a conscientização da Humanidade no sentido de evitar o consumismo exagerado e a falsa prosperidade.<br />
<br />
10. A visão palingenésica espírita, enfim, liberta o espírito do dogmatismo religioso e de quaisquer posturas sectárias. Construída a partir das propostas contidas na obra de Allan Kardec e de seus interlocutores espirituais, e permanentemente aperfeiçoável pela contribuição progressista e livre-pensadora que resulta do intercâmbio entre a Humanidade encarnada e desencarnada, é, no entender dos espíritas aqui reunidos, eficiente instrumento de autoconhecimento, de educação e de progresso ético individual e coletivo. Afinada com as leis naturais, especialmente com os valores de Justiça, Amor e Caridade, que as sintetiza, a reencarnação, tal como sistematizada na teoria espírita, contém, dessa forma, elementos de convicção científicos, filosóficos e éticos de caráter universal. Graças à sua visão reencarnacionista, fundada na evolução e no progresso, pode o Espiritismo oferecer à Humanidade, nesta quadra da História, um novo paradigma capaz de aproximar culturas e irmanar povos, em favor do Progresso, da Paz e da Fraternidade.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">Santos, São Paulo, Brasil, 9 de Setembro de 2012.</div>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-82363766654457437382012-09-07T23:04:00.000-03:002012-09-07T23:05:46.465-03:00Simulação da Evolução Espiritual<b><span style="font-size: large;">Matemática Espírita</span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Simulação da Evolução Espiritual</span></i><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGTQfMYG2TrjHxP07gFiskCU4ZYQjJBo3-iuD7U-JqlgMPWulKH8ozAULvXwPDkWp_csOISqHgdeLlINZJBIIg6B9cVt1bZTf0xWAzNAkRB-t7lIZK9T3N8NQEzQ1D6tOmRSoj0jUOSRKB/s1600/EvolucaoEspiritual.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGTQfMYG2TrjHxP07gFiskCU4ZYQjJBo3-iuD7U-JqlgMPWulKH8ozAULvXwPDkWp_csOISqHgdeLlINZJBIIg6B9cVt1bZTf0xWAzNAkRB-t7lIZK9T3N8NQEzQ1D6tOmRSoj0jUOSRKB/s400/EvolucaoEspiritual.png" width="400" /></a></div>
<br />
Durante o XXI Congresso Espírita Pan-Americano realizado na cidade de Santos apresentei o pôster <b>"Modelo Computacional da Evolução Espiritual através da Reencarnação"</b> cujo resumo segue abaixo. O software pode ser baixado <a href="http://www.4shared.com/file/axjxTNWF/EvolucaoEspiritual.html?">aqui</a>. Caso não funcione é provável que você não tenha o Java 6 instalado em seu computador.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<b>Resumo</b><br />
Este trabalho propõe um modelo computacional que simula a evolução dos espíritos baseado na hipótese de encarnações em indivíduos de diferentes espécies de seres vivos. Para tanto são considerados determinados parâmetros do crescimento populacional de cada espécie e determinadas regras da lógica de evolução dos espíritos nas diferentes espécies.<br />
<br />
Entre os parâmetros temos a expectativa de vida do encarnado, a taxa de crescimento populacional, o número de encarnações esperada para evoluir, e a proporção mínima entre desencarnados e encarnados.<br />
<br />
Por regras consideramos que os espíritos podem encarnar em uma espécie mais complexa, que os espíritos não voltam a encarnar em espécies menos complexas, que o Criador pode gerar espíritos para encarnar somente na espécie mais simples, que Ele pode gerar espíritos a qualquer momento, e que após evoluir na espécie mais complexa o espírito não encarna mais.<br />
<br />
O modelo foi implementado tendo como base um algoritmo iterativo onde a cada iteração são computados os dados da evolução de cada espírito gerado. Além de ser uma ferramenta educativa, o simulador implementado permitiu a observação direta de que o crescimento da população encarnada é limitado pela disponibilidade de espíritos para encarnar em determinada espécie.<br />
<br />
Chegou-se também a conclusão de que com uma taxa constante de geração de espíritos e sem alteração dos parâmetros do modelo, as populações acabam por se estabilizar. No equilíbrio a população encarnada de uma espécie pode ser calculada multiplicando-se três fatores: a expectativa de vida, o número de encarnações esperadas para evoluir, e a taxa de geração de espíritos.<br />
<br />
Por fim, observou-se que um aumento na expectativa de vida de uma espécie produz efeito inversamente proporcional na população das espécies mais complexas enquanto não se atinge o equilíbrio.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-25301483365512306822012-05-01T16:23:00.002-03:002012-05-01T16:26:35.706-03:00Cepeanos brasileiros aprovam decisão sobre anencéfalos<b><span style="font-size: large;">Opinião Espírita</span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Cepeanos brasileiros aprovam decisão sobre anencéfalos</span></i><br />
<br />
Dada a importância da recente decisão do Supremo Tribunal Federal relativa a descriminalização do aborto de anencéfalos a CEPABrasil fez uma pesquisa interna entre seus associados para saber qual é a opinião dos cepeanos em relação ao tema. Foram propostas quatro perguntas simples e objetivas.<br />
<a name='more'></a><br />
<ol><li>Você é favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal que autoriza o aborto de anencéfalos?</li>
<li>Você respeita a decisão de uma mulher de abortar seu filho anencéfalo?</li>
<li>Você aprova o aborto de anencéfalos?</li>
<li>Você abortaria um filho anencéfalo?</li>
</ol><br />
Esta pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 26 de abril de 2012, após a decisão do STF. Ela foi encaminhada a quarenta associados da CEPABrasil através de um formulário eletrônico (<a href="https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?pli=1&formkey=dEZpTlc3ckxwcmhnQkhUUzIyUW0zb3c6MQ#gid=0">link aqui</a>). Ao todo vinte e seis associados responderam a pesquisa, sendo que, dentre estes, a maioria (23) ocupa a função de delegado especial da CEPA no Brasil.<br />
<br />
Para as duas primeiras perguntas <b>todos</b> os participantes da pesquisa responderam "sim", isto é, são favoráveis a decisão do STF e também respeitam a decisão de uma mulher abortar um filho anencéfalo. Os participantes tinham ainda a alternativa de responder "não" ou "não sei". Isto demonstra que os cepeanos no Brasil estão convictos de que não se deve recriminar a mulher em sua difícil decisão pelo aborto.<br />
<br />
Para a terceira pergunta os participantes poderiam responder "sim", "não", ou "depende". Para tornar a pergunta mais clara foi apresentada a seguinte orientação: "responda afirmativamente se você aconselharia uma mãe a abortar o seu filho anencéfalo". As respostas para esta pergunta sugerem que não existe consenso sobre esta questão como se observa no gráfico abaixo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEGkz3ILvHzP64hXpMCp0EwqHvzslwa-TiGetCfoWGiuz_YO6ff6qEhKDt4h61NogYmtkIgFl8hCYgh6SLaP35gxJX1fbjq9yZ3NuMSEl4AbjHXW8nEKu70IsBDh8vKzmAOxMxNWU0_ql/s1600/Pergunta3.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="120" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEGkz3ILvHzP64hXpMCp0EwqHvzslwa-TiGetCfoWGiuz_YO6ff6qEhKDt4h61NogYmtkIgFl8hCYgh6SLaP35gxJX1fbjq9yZ3NuMSEl4AbjHXW8nEKu70IsBDh8vKzmAOxMxNWU0_ql/s400/Pergunta3.png" /></a></div><br />
Na quarta pergunta desta pesquisa o participante deveria se colocar na situação de uma mãe ou um pai de um filho anencéfalo. Embora não tenha havido um consenso como mostra o gráfico abaixo, é interessante observar que apenas um participante decidiria por não abortar o filho anencéfalo e quase dois terços dos participantes não saberiam o que fazer. Isto demonstra que os pesquisados compreendem que a decisão por não abortar é difícil ainda que alguns deles entendam que não se deve aconselhar uma mãe a abortar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7USk11w5sOOPRwpZ_wjZmbSkoUNC5-kM3SgCKoLawgXZ821nxljLw49pwbJdXvM8-3RzGP5wpR1uJHTNPMpVjzMl3axS_-U5MpLyd-EwackcCWdqpQqnaGhFfcOHS8hJr8B9zV8A1qaKH/s1600/Pergunta4.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="120" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7USk11w5sOOPRwpZ_wjZmbSkoUNC5-kM3SgCKoLawgXZ821nxljLw49pwbJdXvM8-3RzGP5wpR1uJHTNPMpVjzMl3axS_-U5MpLyd-EwackcCWdqpQqnaGhFfcOHS8hJr8B9zV8A1qaKH/s400/Pergunta4.png" /></a></div><br />
Vale ressaltar ainda que dos nove participantes que responderam afirmativamente a terceira pergunta oito deles abortariam um filho anencéfalo. Entre os sete que responderam "não" para a terceira pergunta a maioria não sabe se abortaria um filho anencéfalo, mas um deles disse que abortaria mesmo não aconselhando os outros a fazerem o mesmo. E todos aqueles que responderam "depende" para a terceira pergunta também responderam que não sabem se abortariam um filho anencéfalo.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://cepabrasil.blogspot.com.br/">Blog da CEPABrasil</a>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-13083843224782499932012-02-11T19:58:00.003-02:002012-02-11T19:58:58.099-02:00Charles Richet e a sobrevivência da alma<b><span style="font-size: large;">Pensamento Espírita</span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Charles Richet e a sobrevivência da alma</span></i><br />
"Em definitivo, seria temerário negar a sobrevivência [da consciência dos mortos]; mas é mil vezes mais temerário ainda afirmá-la."<br />
Charles Richet em Tratado de Metapsíquica (1922)Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-22392511943297457752011-11-25T00:13:00.000-02:002011-11-25T00:13:00.525-02:00Vida após o parto<b><span style="font-size: large;">Estórias do Além </span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Vida após o parto</span></i><br />
<u>Autor desconhecido</u><br />
<br />
No ventre de uma mulher grávida dois gêmeos dialogam:<br />
<br />
- Você acredita em vida após o parto?<br />
<br />
- Claro! Há de haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.<br />
<br />
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Afinal como seria essa vida?<br />
<br />
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a nossa boca.<br />
<a name='more'></a><br />
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Além disso, andar não faz sentido pois o cordão umbilical é muito curto.<br />
<br />
- Sinto que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.<br />
<br />
- Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.<br />
<br />
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.<br />
<br />
- Mamãe? Você acredita em mamãe? Se ela existe, onde ela está?<br />
<br />
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.<br />
<br />
- Eu não acredito! Nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que ela não existe.<br />
<br />
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, posso ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Eu penso que após o parto, a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para ela.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-61836933315568261482011-11-18T00:07:00.001-02:002011-11-18T00:28:31.532-02:00XII Simpósio Brasileiro do Pensamento EspíritaNo último final de semana estive em Santos participando do XII Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (SBPE). Nesta edição ele contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas vindas de várias partes do país, além da participação de amigos argentinos.<br />
<br />
Na sexta-feira a noite Rosana Régis fez de forma emocionada a abertura do evento que prometia uma justa homenagem a Jaci Régis, idealizador do simpósio, participante ativo, mas que desencarnou recentemente.<br />
<br />
Alexandre Cardia Machado, organizador do evento, teve a honra de abrir as apresentações com seu trabalho de avaliação científica do passe aplicado às plantas. O público se mostrou muito interessado nesta pesquisa e fez várias perguntas ao final da sua apresentação.<br />
<br />
Em seguida houve a inauguração de uma exposição de material pessoal, fotográfico, e jornalístico relacionado ao Jaci Régis. Entre os materiais havia muitas reportagens das edições do jornal Abertura que está fazendo 25 anos. Praticamente toda a família do Jaci estava reunida nesta exposição que foi acompanhada de um gostoso coquetel e um bom vinho.<br />
<a name='more'></a><br />
No segundo dia do evento Eva Gonçalves Alves apresentou as peculiaridades do grupo espírita Judas Iscariotes que embora tendo um caráter laico foca seus estudos no Evangelho. Na sequência Claudia Régis e Alexandre Machado apresentam uma das mais novas iniciativas estimulada pelo Jaci, o gabinete psicomediúnico. De acordo com Claudia este gabinete é uma combinação de técnicas da Psicologia e de orientação espiritual, não sendo propriamente uma terapia psicológica. Alexandre, por sua vez, apresenta os bons resultados alcançados com esta iniciativa.<br />
<br />
O "guru" Ciro Pirondi faz uma palestra muito reflexiva abordando o significado das palavras amor e temperança, além de tolerância, generosidade, existência e coletividade. Ele enfatiza que o caminho é o diálogo verdadeiramente livre, isto é, ter uma postura livre frente ao diálogo com o diferente. Ao final pondera que "só a generosidade consigo mesmo pode criar o novo".<br />
<br />
O enciclopédico Eugenio Lara fez uma explanação muito rica sobre o humanismo e como este se relaciona com o espiritismo. Assim como o Ciro, Eugenio também aposta que a base da prática espírita é a liberdade.<br />
<br />
A estreante em palestras Juliana Régis não decepcionou e fez uma apresentação objetiva sobre seu trabalho de conclusão de curso de Fisioterapia, o toque terapêutico. De forma prática e simples respondeu a todos os questionamentos do público presente.<br />
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Após um rápido intervalo tivemos a participação dos cepeanos argentinos, Gustavo Molfino e Raúl Horacio Drubich. O primeiro apresentou interessantes considerações a respeito dos objetivos da encarnação, que aliás é tema do <a href="http://congressocepa2012.com.br/">XXI Congresso da CEPA</a> a ser realizado em setembro de 2012. O segundo apresentou uma avaliação dos resultados obtidos em sessões mediúnicas conjuntas além da apresentação de seu mais novo livro "La Otra Mirada".<br />
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Encerrando o dia foi feita uma assembléia da CEPA Brasil quando foi reeleita a sua presidente e foram nomeados novos delegados da CEPA.<br />
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O terceiro dia iniciou com a apresentação bem humorada de José Carlos de Souza onde rediscutiu o papel da mulher na sociedade. Defendeu ainda uma maior interação do movimento espírita com a sociedade recebendo os questionamentos e os problemas sociais e oferecendo análises e respostas com o enfoque espírita. Com o mesmo bom humor Reinaldo di Lucia proporcionou uma excelente reflexão sobre a existência do acaso e suas implicações no conhecimento espírita.<br />
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Completando a manhã o experiente Wilson Garcia analisou a fundo a obra "Reafirmação do Espiritismo" para avaliar se a autoria pode ser mesmo de Herculano Pires. Wilson dividiu a mesa de debates com Mauro Spinola que trouxe uma abordagem metódica e objetiva em sua apresentação dos fundamentos do espiritismo.<br />
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Após o almoço Eugenio Lara faz a sua segunda apresentação, desta vez destrinchando o famoso Prolegômenos do Livro dos Espíritos. Junto ao Eugenio tivemos a apresentação do entusiasmado Ademar Arthur Chioro dos Reis abordando de forma abrangente a felicidade e a racionalidade do mundo.<br />
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Completando as apresentações do dia tivemos a participação do Eduardo de Barros Lima com sua palestra instrutiva sobre materialização de espíritos e do Ricardo Nunes defendendo a ideia de um espiritismo pós-cristão, inicialmente formulada por Jaci Régis.<br />
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E findando o dia houve uma reunião do conselho executivo da CEPA tendo na pauta a organização do <a href="http://congressocepa2012.com.br/">Congresso da CEPA em 2012</a>.<br />
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No último dia deste evento tivemos uma mesa redonda abordando o tema "ciência da alma", outra contribuição do Jaci. E participaram desta mesa a presidente reeleita da CEPA Brasil, Alcione Moreno, além de Roberto Rufo e Ricardo Nunes. Nesta oportunidade algumas pessoas da platéia puderam externar a satisfação de terem participado de um evento tão rico em ideias e bem organizado. Também foi salientada a necessidade de união entre os presentes para que este movimento de ideias fique cada vez mais forte.<br />
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Logo em seguida passou-se ao encerramento do evento com as palavras firmes e sábias do ex-presidente da CEPA, Milton Medran, com as palavras de um muito emocionado Alexandre Machado, e com as palavras finais de Rosana Régis, representando a família do amado ou odiado Jaci Régis.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-44770276255419764252011-09-10T17:39:00.000-03:002011-09-10T17:39:08.113-03:00Perfil do Espírita<span style="font-size: large;"><b>Matemática Espírita</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>Perfil do Espírita</i></span><br />
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Recentemente foi publicado o <a href="http://www.fgv.br/cps/religiao/">Novo Mapa das Religiões</a> pelo Centro de Políticas Socias da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV) sob a coordenação de Marcelo Neri. Os dados utilizados para compor o trabalho são os da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2009 do IBGE (POF2009/IBGE).<br />
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Como o Espiritismo tem sido tratado como uma religião então ele faz parte deste trabalho. Para efeitos estatísticos os autores definiram alguns agrupamentos religiosos. O Espiritismo caiu no grupo 'espiritualista' e seus adeptos são chamados de espíritas ou kardecistas.<br />
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No ano de 2009 o grupo espiritualista representava 1,65% da população brasileira sendo que os espíritas (ou kardecistas) participam com 1,59% e ocupam a quinta posição no ranking das denominações religiosas.<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="" height="191" 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A proporção de espitualistas tem aumentado nos últimos 20 anos.<br />
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Entre todos os brasileiros que estudaram 12 anos ou mais os espiritualistas representavam 6,04% em 2009. Já entre os espiritualistas 73,9% tem 8 anos ou mais de estudo. Este é o maior percentual entre todos os agrupamentos religiosos.<br />
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Entre os espiritualistas 39,1% são homens e 60,9% são mulheres, ou 2 espiritualistas homens para cada 3 espiritualistas mulheres. Apenas para comparação entre os que não declaram uma religião 62% são homens e 38% são mulheres.<br />
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Entre os espiritualistas 29,5% tem 50 anos ou mais. Este é o maior percentual entre todos os agrupamentos religiosos. Em contrapartida, o menor percentual está entre os que não tem religião, isto é, entre estes apenas 11% tem 50 anos ou mais.<br />
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<div style="text-align: center;">
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Entre os espiritualistas 69% se declaram brancos. Este é o maior percentual (disparado) entre todos os agrupamentos religiosos. Para efeito de comparação entre os sem religião 40,3% se declaram brancos.<br />
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Entre os espiritualistas 41,2% são chefes de família enquanto que 29,1% ocupam a posição de filhos. Em 1991 estes percentuais eram de 33,1% (chefes) e 35,8% (filhos).<br />
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De todas as pessoas que estão nas classes A e B 5,52% são espiritualistas. E de todos os espiritualistas 62,7% deles estão entre os 20% mais ricos do Brasil.<br />
<br />
Concluindo... <b style="color: red;">o perfil do espírita é a mulher branca, rica, culta, e idosa</b>.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-82287698391081724262011-07-10T16:43:00.002-03:002011-07-10T16:46:43.272-03:00Respondendo à tréplicaO escritor e palestrante espírita Sergio Aleixo publicou em seu blog Ensaios da Hora Extrema uma tréplica a minha análise de sua crítica à Carta de Posicionamentos da CEPABrasil (<a href="http://divagando-hipotese-espirita.blogspot.com/2011/05/carta-de-posicionamentos-da-cepabrasil.html">aqui</a>, <a href="http://ensaiosdahoraextrema.blogspot.com/2010_09_24_archive.html">aqui</a>, <a href="http://divagando-hipotese-espirita.blogspot.com/2011/05/analisando-critica-carta-da-cepabrasil.html">aqui</a>, e <a href="http://ensaiosdahoraextrema.blogspot.com/2011_07_01_archive.html">aqui</a>). Vou procurar esclarecer alguns pontos desta tréplica.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
1. No contexto do item 1.6 da carta de posicionamentos a mim parece claro que a afirmação de que "o laicismo vem com o Espiritismo desde seu início" está apoiada no argumento de que o Primeiro Congresso Espírita Internacional recomenda o laicismo e, portanto, é evidente que o autor do texto se referia a fase inicial do Espiritismo e não ao ponto incial.<br />
<br />
2. Sergio parte da premissa equivocada de que o ensino moral de Jesus é indissociável de religião para criticar a proposta laica para o Espiritismo. Qualquer pessoa pode valorizar a "regra de ouro" sem a necessidade de ser religiosa ou de seguir uma religião. A neutralidade da proposta laica está no seu afastamento das questões religiosas.<br />
<br />
3. Há, de fato, um desencontro na numeração dos parágrafos da carta ocasionado pela divulgação de versões preliminares do documento. Por outro lado, tanto a crítica do Sergio quanto a minha análise foram baseadas exatamente no mesmo texto.<br />
<br />
4. A hipótese da reencarnação no mundo espiritual é apenas um exemplo de uma ideia relacionada a reencarnação que pode ser questionada dado que há uma corrente de espíritas que adota esta hipótese. Tanto pode ser questionada que o próprio Sergio faz este questionamento embora ele diga que esteja fazendo uma outra coisa que não a de questionar.<br />
<br />
5. Talvez não tenha ficado claro para o Sergio que não se propõe a aceitação pura e simples de qualquer hipótese, mas se propõe o debate aprofundado de ideias promovido por um diálogo respeitoso. A CEPA não pretende ser a cabeça de um processo de atualização do Espiritismo, mas nem por isso aceitaria participar de algo sem organização e propósitos claros.<br />
<br />
6. Em determinado ponto de minha análise achei estranho que o Sergio tivesse se espantado com o parágrafo 5.11. De fato, houve um lapso de minha parte ao ler a palavra 'espíritos' ao invés de 'espíritas'. De toda forma, este parágrafo está inserido dentro do contexto da "atualização do Espiritismo" e o processo de atualização deve ser mesmo promovido pelos espíritas.<br />
<br />
7. Seguindo a linha de pensamento da CEPA os espíritas simplesmente ignorariam os dogmas estabelecidos pelo Cristianismo por ela não ter compromisso com as questões religiosas.<br />
<br />
8. Por fim, lamento que o Sergio tenha chegado a conclusão equivocada de que a CEPA se ache no "direito de coroar toda mera DIVAGAÇÃO com lauréis de Doutrina Espírita".Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-14767721916634649152011-06-11T16:22:00.001-03:002011-06-11T16:22:46.297-03:00Estudando em grupo<b><span style="font-size: large;">Diálogos Espíritas</span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Estudando em grupo</span></i><br />
<br />
__ Vamos lá! Onde paramos?<br />
__ Estamos no tema 'Formação dos Mundos', obra 'A Gênese', capítulo VI 'Uranografia Geral', divisão 'Os Satélites', item 24.<br />
<br />
__ Antes de começar eu gostaria de voltar no item 19 de onde surgiu uma dúvida, na semana passada, sobre o significado de 'deísta'.<br />
__ Ah sim! Lembramos!<br />
__ Então... deísta é a doutrina que crê num Criador, mas Ele não intervém na Natureza. Já teísta é a doutrina que crê num Criador, mas Ele intervém, é a Providência.<br />
__ Interessante! Acho que a doutrina Espírita é deísta.<br />
__ Não! É teísta!<br />
__ Você poderia repetir o significado?<br />
__ Eu já acho que deve estar num meio termo.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
__ Bom, vamos em frente porque tem muita coisa pra estudar.<br />
__ Os satélites... "Ora, as leis e as forças que presidiram ao seu desligamento do equador terrestre, e seu movimento de translação nesse mesmo plano, agiram de tal forma que esse mundo, em lugar de revestir a forma esferóide, tomou a de um globo ovóide, quer dizer, tendo a forma alongada de um ovo, cujo centro de gravidade estaria fixado na parte inferior."<br />
__ Humm... será que a Lua tem mesmo a forma de um ovo?<br />
__ Pelo que eu saiba não! Eu sempre vejo ela redonda.<br />
<br />
__ Vamos em frente... "uma figura ovóide cujas partes, as mais pesadas, formam a face inferior, voltada para a Terra, e cujas partes menos densas ocuparam o topo, se sedesigna por esse nome o lado virado à Terra, e se elevando para o céu. É o que faz com que esse astro se nos apresente, continuamente, a mesma face."<br />
__ Espera! Será isso mesmo?<br />
<br />
__ Então... eu estudei isso em casa e perguntei para o João, que é físico. Ele disse que, na verdade, a Lua se desprendeu da Terra mantendo a mesma velocidade de angulação.<br />
__ Não estou entendendo!<br />
__ É como se ela ainda fizesse parte da Terra!<br />
<br />
__ Humm... parece que faz sentido. Mas, como ele explica o que está escrito na codificação?<br />
__ Ele disse que estas ideias eram do médium, Camille Flammarion.<br />
__ Mas não é o Espírito de Galileu?<br />
__ Pois é! Há um erro aqui!<br />
__ Gente, tem alguma coisa errada! Se eu fosse o Espírito eu não ia deixar passar isso! Ía corrigir!<br />
__ Mas, e se ele não tinha condições de corrigir?<br />
__ Tinha outros médiuns! O que não poderia é deixar passar um erro!<br />
__ Mas, e se todos os médiuns produzissem os mesmos resultados?<br />
__ Aí então a gente não pode acreditar em nada do que está escrito aqui! Tudo isso seria um castelo de cartas!<br />
<br />
__ Gente, meu amigo me disse que este capítulo poderia ser tirado daí que não faria falta alguma.<br />
__ Não, não... você não pode fazer isso... pode, no máximo, colocar notas explicativas.<br />
__ É... tem razão.<br />
__ Mas então como se resolve a questão?<br />
__ Eu só acho que deve haver uma explicação para não ter revisado isso aí.<br />
__ Mas qual seria?<br />
__ Eu não sei! Você sabe?!<br />
<br />
__ Pessoal, vamos nos acalmar, esta comunicação foi dada por um único médium, está assinada. A base da doutrina está no Livro dos Espíritos, onde as mensagens passaram por um controle de vários médiuns.<br />
__ É sim! Lembra que Kardec foi chamado sua atenção para um erro que ele havia cometido? O espírito dava pancadas na parede!<br />
__ Como é que era mesmo? No começo era as Baudin e quem mais?<br />
__ A Japhet.<br />
__ Eram só essas três?<br />
__ Eram.<br />
__ Vamos continuar, pessoal?<br />
<br />
__ Os cometas... "Foram vistos, frequentemente, nesses astros, cabelames de mundos nascentes, elaborando em seu caos primitivo as condições de vida e de existência que são dadas como herança às terras habitadas ..."<br />
__ Para um pouquinho aí! Vocês viram que ele fala que os cometas seriam 'mundos nascentes'?<br />
__ Sim, e daí?!<br />
__ Não é bem isso o que eu estudei em casa. Aliás, esta mesma ideia está no Livro dos Espíritos.<br />
__ Aonde?!<br />
__ A gente já viu isso... está nos itens do tema.<br />
<br />
__ Ah, sim! Itens 37 a 42.<br />
__ Pois é! É um destes aí!<br />
__ Deixa eu ver... 37, 38, 39, ... humm... não tem não... você deve ter se enganado.<br />
__ Mas aí não fala de cometa?! Veja aí a questão 40.<br />
__ "Os cometas seriam, como se pensa atualmente, um começo de condensação da matéria e de mundos em via de formação? Isto é exato; ..."<br />
__ Taí! É a mesma ideia!<br />
<br />
__ Mas como que é então?<br />
__ Pelo que li o cometa vai se desintegrando, não vai formar um novo mundo.<br />
__ E onde você leu isso?<br />
__ Num livro de ciências.<br />
__ Hunf... então o que que a gente tá fazendo aqui? Tá perdendo tempo?!<br />
__ Não, pelo contrário. Isso é mais um motivo pra gente usar a razão... questionar tudo.<br />
__ É verdade! Nossa função aqui é esta mesmo. Vamos continuar estudando.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-33361946578020710782011-05-14T22:40:00.002-03:002011-05-14T22:42:51.563-03:00Analisando a crítica à carta da CEPABrasilEm meu último <i>post</i> publiquei a <a href="http://divagando-hipotese-espirita.blogspot.com/2011/05/carta-de-posicionamentos-da-cepabrasil.html">Carta de Posicionamentos da CEPABrasil</a> por considerá-la muito adequada a forma como entendo e vivo o espiritismo. Mas, claro, outras pessoas podem considerar justamente o contrário, especialmente por não concordar com o aspecto laico do espiritismo.<br />
<br />
Entre estas pessoas está o escritor e palestrante espírita Sergio Aleixo do Rio de Janeiro. Em seu blog Ensaios da Hora Extrema ele faz <a href="http://ensaiosdahoraextrema.blogspot.com/2010/09/o-extremo-oposto-da-desfiguracao-do.html">uma crítica contundente a esta carta</a>. Por outro lado, esta crítica contém alguns pontos obscuros e, por isso, vou procurar esclarecê-los.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Sergio inicia suas críticas pelo uso na carta da palavra 'início' em associação a fase inicial laica representada por uma resolução do Congresso Espírita Internacional de 1888. Ele "corrige" o texto da carta informando que o 'início' do espiritismo data de 1857. Mas, a sua interpretação do texto é que está equivocada. Uma leitura desapaixonada mostrará que o autor da carta desejou demonstrar que a proposta laica tem suas origens numa fase inicial do Espiritismo quando o movimento espírita brasileiro ainda era inexpressivo. Ou seja, não desejou que a interpretação fosse a do "ponto inicial" do Espiritismo.<br />
<br />
De qualquer forma, o autor se equivoca ainda ao contrapor uma proposta laica com a idéia de um laço fraterno baseada no ensino moral de Jesus. Aliás, Jesus não é exclusividade das religiões. Qualquer ciência ou filosofia pode valorizar a ética de Jesus, pode apresentá-lo como um modelo sem, com isso, ser considerada religiosa.<br />
<br />
Mais a frente o autor tenta novamente encontrar alguma inconsistência no discurso cepeano quanto ao questionamento de conceitos espíritas. Vejam o que está escrito na carta:<br />
<br />
<blockquote>5.3 - A CEPA não questiona os princípios fundamentais do espiritismo – existência de Deus, imortalidade da alma, comunicabilidade entre encarnados e desencarnados, reencarnação, pluralidade dos mundos habitados e evolução infinita. Todavia, poderão ser questionados conceitos e interpretações a eles referentes expressos na literatura espírita por autores encarnados ou desencarnados ou que se tornaram correntes entre os espíritas;<br />
<br />
</blockquote>Agora vejam o que Sergio escreveu:<br />
<br />
<blockquote>Asseguram que “a CEPA não questiona os princípios fundamentais do Espiritismo”, embora propalem que “poderão ser questionados conceitos e interpretações a eles referentes, expressos na literatura espírita” [5.10].</blockquote><br />
Provavelmente Sergio deixou que suas idéias preconcebidas falassem mais alto. Em outras palavras, os conceitos fundamentais do espiritismo não são questionados pela CEPA, mas são questionadas as interpretações que qualquer um de nós faz destes conceitos fundamentais. Por exemplo, é evidente que o espírita não questiona a existência da reencarnação, mas tem o direito de questionar uma possível reencarnação no mundo espiritual.<br />
<br />
Ao contrário do que Sergio diz, a busca de atualização do espiritismo não significa considerar Kardec como uma corrente atrasada. Kardec nunca deixará de ser o fundador do espiritismo e ele próprio desejava que o espiritismo continuasse em constante processo de atualização.<br />
<br />
O crítico Sergio tenta subliminarmente imputar a CEPA o desejo de ser avalista de uma atualização ou revisão do Espiritismo. Mas, na carta está explícito que não é este o seu desejo conforme se observa, por exemplo, no seguinte ponto:<br />
<br />
<blockquote>5.10 – A CEPA não alimenta o propósito de efetuar, com exclusividade, a revisão pontual da Doutrina Espírita. Pretende, sim, estimular um processo de reflexão entre os espíritas com vistas a assegurar o futuro e a permanência do espiritismo;</blockquote><br />
Também não deveria causar espanto ao Sergio a idéia de que o consenso deve acontecer entre os encarnados e desencarnados. Ora, os encarnados são espíritos tanto quanto os desencarnados. Não foi assim que Kardec nos ensinou?!<br />
<br />
E causa muito espanto a mim que Sergio seja contra a idéia de respeitar as diferenças nas interpretações feitas pelos agrupamentos espíritas. Por acaso deveria ser diferente? Respeito não significa concordância, mas dar ao outro o direito de ter a sua própria interpretação.<br />
<br />
Para o espírita que tem uma postura religiosa é compreensível que fique chocado ante a questionamentos do trabalho empreendido por Kardec. Mas Kardec não pediu para ser venerado e nem considerá-lo infalível. Os cepeanos, entre os quais me incluo, têm o direito de questionar a tentativa demasiada de conciliar os conceitos espíritas com a teologia católica.<br />
<br />
Talvez na época de Kardec fosse mesmo necessário reinterpretar os textos bíblicos e evangélicos para que os católicos da época tivessem a oportunidade de refletir sobre os "novos" conceitos espíritas. Mas, hoje em dia, esta reinterpretação pode estar fazendo mais mal do que bem. Quantos não são os espíritas que ainda acham que Jesus veio nos salvar de nossos pecados?<br />
<br />
Por outro lado, não significa que estes questionamentos impeçam os cepeanos de valorizarem toda a obra kardeciana, incluindo aí O Evangelho Segundo o Espiritismo. Aliás, esta valorização fica clara no tópico 8 da carta. É uma pena que Sergio e outros críticos da CEPA continuem procurando "pegadinhas" para dizer que a CEPA não aceita o Evangelho.<br />
<br />
Como já havia dito anteriormente os cepeanos respeitam a grande maioria dos espíritas que acha adequado nos dias de hoje associar a palavra espiritismo à palavra cristianismo. Mas também os cepeanos desejam o mesmo respeito ao acharem que esta associação é inadequada; e que existem bons argumentos para considerá-la assim.<br />
<br />
A crítica de Sergio sobre esta maneira dos cepeanos entenderem a palavra 'cristianismo' revela que muitos espíritas ainda pensam ser necessário tomar para si o Jesus das igrejas cristãs, isto é, de dizer para os não espíritas que todos eles estão equivocados (não são cristãos). Já passou da hora de todos nós espíritas nos atentarmos para o ensino moral de Jesus como o próprio Kardec salientou na introdução do seu Evangelho.<br />
<br />
É lamentável que os críticos da CEPA, como o Sergio, não compreendam a postura equilibrada dos cepeanos em não colocar, a priori, o espiritismo num lugar superior a outras fontes de conhecimento. De outra forma, nós estaríamos sendo presunçosos e sectários.<br />
<br />
De toda forma, temos que respeitar a opinião de todos e também a opinião do Sergio de que a proposta cepeana nos "levará a desnaturação e morte do Espiritismo". Mas, eu pergunto: por acaso esta postura sectária irá nos levar para algum lugar diferente disso?Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-29202248322880148992011-05-03T00:46:00.004-03:002011-05-03T01:03:21.600-03:00Carta de Posicionamentos da CEPABrasil<div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: large;">Carta de Posicionamentos da CEPABrasil</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Com esta Carta de Posicionamentos, a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da Confederação Espírita Pan-Americana (CEPABrasil), reunida por ocasião do seu II Encontro Nacional, realizado em Bento Gonçalves-RS, de 3 a 6 de setembro de 2010, manifesta seu pensamento a respeito do Espiritismo e do papel da CEPA, reconhecendo, todavia, a todos os espíritas, vinculados ou não à CEPA, o direito de pensar diversamente, bem como admitem a mutabilidade destes mesmos posicionamentos dentro do princípio da progressividade inerente ao próprio espiritismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outrossim, reconhece na CEPA-Confederação Espírita Pan-americana a primazia e a liderança mundial de um movimento de idéias que luta pelo resgate da proposta original do fundador do espiritismo e pela sua permanente atualização. Muitas das posições assumidas pela CEPA estão, também, reproduzidas neste documento.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Assim, DECLARA que:</div><a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>1. QUANTO À NATUREZA E IDENTIDADE DO ESPIRITISMO</b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.1 - A afirmativa de Allan Kardec, em seu célebre “discurso de abertura”[1] de que, “no sentido filosófico, o Espiritismo é religião”, sustenta-se no conceito de religião no sentido de “laço social”, de comunhão de pensamentos entre pessoas e não no de “religação a Deus”, este defendido pelo catolicismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.2 - O espiritismo não tem caráter salvacionista, não é detentor único da verdade, nem pretende hegemonia em quaisquer áreas do conhecimento, senão subsidiá-las com sua contribuição específica - seus princípios fundamentais;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.3 - face ao critério exposto por Allan Kardec de que “o verdadeiro caráter do Espiritismo é o de uma ciência e não o de uma religião”, a CEPA interpreta o espiritismo como ciência filosófica de consequências morais, preferindo considerá-lo como um movimento de ideias, sem dúvida abrangente, mas de forma alguma detentor de todas as respostas e de todas as verdades;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.4 - Conceitos como 3ª Revelação Divina, Consolador Prometido ou “revivescência do cristianismo primitivo” atribuídos ao espiritismo, não se ajustam a uma visão moderna da teoria espírita, sendo rejeitados pela sua natureza sectária e excludente;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.5 - o espiritismo é uma área de conhecimento que necessita de desenvolvimento e que tem muito a aprender com outras disciplinas e contribuir com estas, não é uma revelação no sentido teológico, nem está acima de nenhum saber humano;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.6 - A identificação do espiritismo com o laicismo está ratificada na resolução do Primeiro Congresso Espírita Internacional, celebrado em setembro de 1888: “<i>O Congresso Espírita recomenda um constante esforço para difundir o LAICISMO por todas as esferas da vida. A absoluta liberdade do pensamento, o ensino integral para ambos os sexos e o cosmopolitismo como base das relações sociais</i>”. Firmaram essa Declaração nomes ilustres como José Maria Fernández Colavida (o “Kardec Espanhol”), Pierre Gaëtan Leymarie, Amalia Domingo y Soler, Ercole Chiaia e outros. Torna-se evidente, assim, que o laicismo vem com o Espiritismo desde seu início e que foi a partir de infiltrações clericais, como a roustainguista entre outras, que se o começou a descaracterizar, numa tentativa de convertê-lo em uma seita mística de feição salvacionista;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">1.7 - Não se coaduna com a verdade pretender identificar laicismo com antirreligiosidade, nem, evidentemente, com ateísmo. Laico não é antirreligioso; laico é arreligioso, ou seja, um terreno neutro em questões religiosas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>2. QUANTO ÀS OBRAS BÁSICAS DO ESPIRITISMO</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.1 – As obras básicas do espiritismo não podem ser denominadas de “pentateuco kardequiano”, visto que o uso dessa expressão associa indevidamente a produção de Allan Kardec, de mais de vinte (20) livros, aos primeiros cinco livros da Bíblia, o que lhes dá a conotação de sacralidade;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.2 – O livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” não pode ser tratado como “bíblia dos espíritas”, constituindo-se num livro doutrinário de estudo e interpretação, sob a ótica espírita, dos ensinos morais de Jesus;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.3 – As informações (respostas) dadas pelos espíritos não são verdades absolutas e devem ser contextualizadas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.4 – Muitos temas da atualidade não foram abordados pelos espíritos, merecendo, portanto, a apreciação e o posicionamento do espiritismo dos dias atuais;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.5 – Allan Kardec não é apenas o “secretário” dos espíritos; é o sistematizador, autor, codificador e fundador do espiritismo; diminuir o seu papel e exaltar os mentores espirituais, é manobra para excluir a possibilidade de falha. Caracterizando-o como coadjuvante menor, é possível divinizar e sacralizar a revelação espírita, tornando-a irretocável;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.6 -. Reconhece-se a importante contribuição dos espíritos na estruturação da obra kardequiana, mas crer-se que a codificação foi entregue perfeita e acabada, é um contrassenso, pois o próprio Kardec enfatizou que era obra de <u>elaboração humana</u>, tendo afirmado também que <u>não havia dito a última palavra sobre o espiritismo</u>;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">2.7 - Deve-se considerar a tese de que Kardec foi o principal espírito da codificação, só que encarnado, cabendo a ele a tarefa de desenvolver a parte mais difícil e trabalhosa do projeto. Sem ele, todos os outros espíritos, por mais elevados e capacitados que fossem, não teriam concretizado a obra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>3. QUANTO À ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E OBJETIVOS DA CEPA</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.1 - A CEPA, pelo seu comportamento atual é, claramente, um movimento de ideias, que congrega; estimula o estudo e a pesquisa; promove eventos culturais: congressos, conferências, simpósios, que são, principalmente, foros de discussão, de debate, de intercâmbio de experiências;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.2 – A CEPA define-se como um movimento livre e organizado democraticamente, sem caráter federativo, unificador, mas simplesmente congregador de pessoas e instituições espíritas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.3 - A CEPA tem uma visão eminentemente kardecista, progressista e livre-pensadora do espiritismo. Admite o pluralismo das ideias e os benefícios do diálogo e da interação, convive com a diversidade de interpretações e de formas de pensar e agir decorrentes dos níveis de compreensão e de preferência dos espíritas e do direito de estes se aglutinarem em organizações afins unidas por um núcleo básico de princípios ou postulados que identifiquem a doutrina espírita;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.4 - A adesão e filiação de instituições espíritas à CEPA é de livre opção, funda-se na identidade de princípios existente entre ambas e não as impede de vinculação a quaisquer outras instituições;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.5 - A CEPA garante a todas as pessoas e instituições a ela vinculadas o direito irrenunciável à liberdade de pensamento, de expressão, de discussão e de crítica;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.6 - Uma instituição que adere ou se filia à CEPA não está subordinada a regulamentos de obediência a normas emanadas por aquela. É um tipo de relação que se dá pela identidade (comunhão) de pensamentos, fraterna, democrática e de cooperação mútua com todas as demais instituições que a integram;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.7 – A CEPA evita oferecer programas, diretrizes ou manuais de procedimentos para as Instituições que a integram, deixando a estas total liberdade de ação;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.8 - A CEPA admite e respeita as diferenças de visão e opinião, propugna um relacionamento alteritário entre os espíritas e entre as instituições. Não apoia, por outro lado, o dogmatismo, a intolerância, o sectarismo, a sacralização da obra kardequiana e o consequente imobilismo doutrinário, a mitificação da figura extraordinária de Jesus, o atrelamento do Espiritismo ao cristianismo igrejeiro, o ufanismo salvacionista de alguns, a predestinação, auto-atribuída por alguns segmentos, ao Brasil e ao espiritismo brasileiro, a idolatria a espíritos e a médiuns, a mal disfarçada atribuição de infalibilidade a médiuns, espíritos e/ou instituições, a exclusão dos diferentes, o patrulhamento da pretensa pureza doutrinária, etc., como também não apoia o cientificismo desvinculado da ética, o academicismo vazio de aplicações e o filosofar estéril;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">3.9 - Deseja, então, a CEPA: a) contribuir para o desenvolvimento e permanente atualização do espiritismo; b) colaborar na divulgação das ideias espíritas; c) estimular o estudo e a pesquisa espíritas; d) ter reconhecido o seu direito de congregar em sua organização, sem exclusividade, instituições e pessoas que se afinizem com suas propostas; e) contribuir para o bom relacionamento entre todas as organizações espíritas nacionais e internacionais, dentro dos princípios doutrinários e dos ideais de tolerância e fraternidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>4. QUANTO À RELAÇÃO DA CEPA COM O MOVIMENTO ESPÍRITA BRASILEIRO</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.1 - A CEPA, embora se oponha à transformação do espiritismo numa mera religião espírita, jamais alimentou o propósito de substituir o modelo adotado pelo espiritismo brasileiro por um modelo dito "laico". O projeto da CEPA no Brasil não é de confronto e nem de concorrência com as demais correntes do movimento espírita;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.2 - Sua visão de movimento espírita não contempla qualquer sentido de "poder", de "dominação" ou de imposição de idéias. Federações, confederações, associações espíritas, conselhos espíritas, no seu entender, devem ser órgãos que cultivam a liberdade de pensamento, de ação, de autogestão, dentro de suas concepções institucionais;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.3 - A CEPA busca estabelecer e manter uma boa relação com todas as correntes espíritas, ao trabalho conjunto, respeitando o pluralismo de idéias, e guardando a união e a unidade em torno do essencial. Kardec mesmo previu que o espiritismo teria esses matizes diferenciados que lhe dariam perfis diversificados em diferentes partes do mundo, preservando-se a unidade em torno dos princípios essenciais que, naquele mesmo discurso (RE-dez/1868) ele sintetizaria no que denominou “credo espírita”;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.4 – A CEPA dá prioridade ao esforço em prol da “união” dos espíritas e das instituições em torno dos princípios fundamentais do espiritismo, respeitadas as interpretações particulares de pessoas ou grupamentos. O modelo de “unificação” do movimento espírita que pressupõe a supremacia de um pensamento único e um discurso que rejeita a diversidade de interpretações, é conflitante com o caráter livre-pensador do Espiritismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.5 - A CEPA não endossa os rumos tomados pelo movimento espírita, que desenvolve enfaticamente atividades de consolação, piedade, assistencialismo, perseguição da salvação moral das pessoas, preocupando-se em evitar o mal e preparar o indivíduo para “não voltar a este vale de lágrimas” e saldar suas dívidas com a Justiça Divina, repetindo os fundamentos judaico-cristãos da culpa e do castigo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.6 - A CEPA não concorda com a submissão do movimento espírita a uma pretensa determinação da “espiritualidade superior”, confunda o espiritismo com o discurso das facções religiosas do cristianismo, transformando-o numa doutrina evangélica, religiosa, com algum suporte na obra de Kardec, mas sem a racionalidade por ele proposta;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">4.7 – A CEPA considera impróprias as denominações de centros espíritas que contenham expressões tais como “templo”, “casa de oração”, “sinagoga”, “igreja” e similares;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>5. QUANTO À ATUALIZAÇÃO DO ESPIRITISMO</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.1 - A CEPA defende que o espiritismo deve atualizar-se permanentemente e considera altamente conveniente e impostergável levar avante um amplo processo de análise e reflexão em torno do pensamento espírita, à luz dos avanços conquistados pela ciência e demais campos do conhecimento humano;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.2 - É indiscutível a atualidade de partes importantes e fundamentais da obra de Kardec, não superadas pela Ciência, encontrando-se estas, portanto, em plena vigência;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.3 - A CEPA não questiona os princípios fundamentais do espiritismo – existência de Deus, imortalidade da alma, comunicabilidade entre encarnados e desencarnados, reencarnação, pluralidade dos mundos habitados e evolução infinita. Todavia, poderão ser questionados conceitos e interpretações a eles referentes expressos na literatura espírita por autores encarnados ou desencarnados ou que se tornaram correntes entre os espíritas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.4 - A CEPA entende que atualizar o espiritismo é torná-lo atual, situá-lo na época em que vivemos, torná-lo presente e atuante em todos os setores do pensamento humano. Isso implica em releitura, ressignificação, portanto, revisão de conteúdos, como também da linguagem e do método empregados na sua elaboração. Não se pode atualizar sem revisar;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.5 - Em hipótese alguma, sob pena de violação de direitos autorais, podem ser alterados os textos ou expressões das obras do fundador do espiritismo, como os de qualquer autor. Já as idéias, concepções e teorias expostas nas suas obras e nas que lhe são complementares, como o próprio Kardec afirmava, não sendo mais do que a expressão do conhecimento dos seus autores, subordinadas ao contexto de uma época, são passíveis de revisão e de atualização;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.6 – A CEPA, para tanto, fundamenta-se na afirmativa de Kardec de que “o Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se modificará nesse ponto; se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”; “Não lhe cabe fechar a porta a nenhum progresso, sob pena de se suicidar. Assimilando todas as idéias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam, físicas ou metafísicas, ela (a doutrina) jamais será ultrapassada, constituindo isso uma das principais garantias da sua perpetuidade”;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.7 – Kardec afirma que "a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida , pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações.”;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.8 - Para realizar com todo o êxito esse processo, a CEPA convida todos os espíritas a participar desse esforço que não pode ser considerado como exclusivo patrimônio da mesma ou de qualquer outra entidade espírita nacional ou internacional;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.9 - A CEPA propõe a realização de seminários, conferências e congressos dedicados a estudar o tema da atualização doutrinária, dentro da maior liberdade de ideias e de expressão e em amplo clima de pluralismo e fraternidade;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.10 – A CEPA não alimenta o propósito de efetuar, com exclusividade, a revisão pontual da Doutrina Espírita. Pretende, sim, estimular um processo de reflexão entre os espíritas com vistas a assegurar o futuro e a permanência do espiritismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.11 - A CEPA considera que a atualização deverá resultar, como um processo, do consenso, da "universalidade", por assim dizer, do conhecimento dos espíritas - encarnados e desencarnados;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">5.12 - No processo de atualização do espiritismo, é necessário, primeiramente, romper com os esquemas mentais criados e estratificados através da repetição e vivência nos ciclos reencarnatórios, sedimentados no Espírito. Romper com essas estruturas é indispensável para qualquer renovação positiva e real.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>6. QUANTO AOS CONCEITOS DE REENCARNAÇÃO, EVOLUÇÃO E MEDIUNIDADE</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.1 - A CEPA propõe a revisão de concepções correntes sobre evolução e reencarnação, de maneira a romper com os limites da culpa e castigo divinos, compreendendo que estamos destinados à vitória, à felicidade e não à dor e à derrota;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.2 – A CEPA não estimula a idolatria a médiuns ou a espíritos nem lhes atribui autoridade especial nem infalibilidade nas suas informações. A mediunidade não é dom divino, graça, milagre, que torna privilegiados os seus portadores, sendo uma faculdade que todos possuem, em maior ou menor grau;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.3 – A CEPA tem reservas quanto à copiosa produção mediúnica do tipo “autoajuda”, em detrimento de obras de cunho filosófico-científico sobre o espiritismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.4 – A CEPA busca resgatar o papel da mediunidade na investigação e na comprovação da imortalidade, sob critérios científicos, e não apenas como instrumento de socorro a espíritos aflitos ou de cura para enfermidades psicossomáticas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.5 - A CEPA discorda de diretrizes artificialmente estabelecidas através de renomados médiuns e espíritos eleitos como porta-vozes divinos, da chamada “espiritualidade superior”, cujas revelações estejam acima de qualquer suspeita e sem o necessário questionamento, articulados em defesa de idéias puramente moralistas de reforma íntima, do confessionalismo e do assistencialismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">6.6 - A CEPA aceita que o espiritismo contempla a evolução natural da humanidade, não compartilhando das concepções de culpa, pecado e castigo que permeiam o cristianismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>7. QUANTO À PARTICIPAÇÃO DO ESPÍRITA NA SOCIEDADE</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.1 – O espírita, como qualquer cidadão, é convidado a uma ação política e ao engajamento social;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.2 - O espiritismo coincide plenamente com as correntes mais avançadas do pensamento humanista e social de nosso tempo, ao ratificar seus princípios básicos sobre a vigência da lei de conservação da vida em todas as suas manifestações, e sua oposição à pena de morte, ao aborto, ao crime, às guerras ou qualquer forma de violência;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.3 - A doutrina social do espiritismo se pronuncia em favor do estabelecimento de sistemas de governo nitidamente democráticos e claramente comprometidos com a justiça social, a igualdade e a liberdade. Denuncia a corrupção, opõe-se aos modelos autoritários e ditatoriais de qualquer setor ideológico, estimula a busca de um equilíbrio social, onde funcionem as leis do mercado, desde que colocadas a serviço do homem, atendendo suas necessidades e em função de seu crescimento e promoção espirituais;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.4 – A CEPA dá preferência à participação dos espíritas nas atividades sociais, filantrópicas, assistenciais e promocionais coordenadas por organizações especializadas, em vez de criar tais atividades nos centros espíritas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.5 - A CEPA reitera seu compromisso permanente com a busca do bem estar social, envolvendo todas as mulheres e homens, crianças, jovens e idosos, para a consecução de uma sociedade igualitária, justa e fraterna, onde não haja lugar para qualquer forma de discriminação por motivos de raça, sexo, orientação sexual, crença ou nacionalidade. Uma sociedade com oportunidades para todos, que estimule o trabalho, a educação, a cultura, os esportes, sem vícios perniciosos, portanto regida em definitivo pela Lei de Amor;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.6 – A CEPA apoia todas as iniciativas que tendam a resgatar as condições naturais de nosso planeta, visando à conservação do meio ambiente e convida aos espíritas a participarem ativamente em todas as iniciativas que promovam o equilíbrio ecológico, recordando que a preservação ambiental é compromisso de todo ser humano e não tarefa exclusiva dos governos;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">7.7 - A CEPA declara que é dever inadiável dos espíritas empenharem-se na criação de uma sociedade justa, fraterna e solidária onde o amor, a felicidade e a paz sejam o ideal de todos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>8. QUANTO A JESUS, AO EVANGELHO E AO CRISTIANISMO</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.1 - A CEPA tem posições muito claras e várias vezes reafirmadas acerca da importância de Jesus de Nazaré para a doutrina espírita. Seus ensinos, abrangendo conceitos de validade universal, têm conteúdos coincidentes com aqueles desenvolvidos na 3ª parte de “O Livro dos Espíritos” que os amplia em linguagem e parâmetros compatíveis com a modernidade; Afirmar-se, daí, ser o espiritismo “cristão” constitui-se em equívoco, tanto sob o aspecto semântico quanto histórico, já que o cristianismo, doutrina estruturada por Paulo de Tarso, é posterior a Jesus que, na verdade, nunca foi cristão. Postulados com os quais a doutrina espírita não compartilha, tais como: a divindade de Jesus, sua condição de “único Senhor e Salvador”, e a unicidade de vida, entre outros, são dogmas radicais e inseparáveis do cristianismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.2 - O substantivo “cristianismo” e o adjetivo “cristão”, tanto como os outros termos que Kardec recomendou que não se utilizassem devido à sua ambiguidade, como no caso de “religião”, sofreram alterações em seu significado no curso da História. Ao tempo de Kardec, era comum falar-se de “cristianismo” e de “cristão” para designar a doutrina de “Cristo”;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.3 - Quando Kardec fala de “Espiritismo cristão” (expressão usada poucas vezes em sua obra), claramente ele adjetiva o espiritismo para vinculá-lo não ao Cristo das igrejas, mas ao pensamento, à moral de Jesus de Nazaré;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.4 - Pode-se hoje distinguir a figura de <u>Jesus de Nazaré</u>, o homem, com algumas referências históricas que estão sendo resgatadas, que nasceu da relação carnal de José e Maria, que teve irmãos e que foi um pensador fecundo, um reformador moral, da figura de <u>Jesus Cristo</u>, que é o mito das igrejas, que “foi concebido sem pecado”, filho da Virgem Maria, encarnação de Deus, terceira pessoa da Santíssima Trindade, responsável por dogmas e crenças que foram tecendo essa cultura cristã que pouco tem a ver com o outro Jesus, o homem de Nazaré;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.5 - A CEPA concorda com Jesus-homem e jamais pensou em retirá-lo do espiritismo. Mas não concorda com Jesus Cristo, o Salvador das igrejas cristãs, do cristianismo real, esse que o chamado “ecumenismo cristão” estabeleceu amparado nos dogmas fundamentais da divindade de Jesus, de sua condição de “único Senhor e Salvador”, que com seu “sacrifício”, com o “derramamento de seu sangue” possibilitou a “salvação” dos homens que nele cressem e fossem batizados em seu nome. Considerando que são esses os critérios que as igrejas cristãs e a cultura contemporânea adotam para identificar o cristianismo e a condição de cristão, é evidente que o espiritismo neles não se enquadra, daí não ser conveniente, para evitar confusão, que ele se diga cristão. Somos, simplesmente, espíritas e não espíritas-cristãos;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.6 - CEPA respeita os pensadores espíritas, especialmente brasileiros, que consideram o espiritismo como uma religião, mas que têm dela uma concepção filosófica não sectária, que não diviniza Jesus e não o coloca na posição de mito, meio deus e meio homem, como o fazem os roustainguistas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.7 - A informação de que a CEPA não aceita “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é irresponsável e sem base documental, histórica ou concreta. Essa obra enfoca aspectos morais e éticos do espiritismo, analisando-os em consonância com os ensinos de Jesus de Nazaré. Ao ser editada essa obra, as bases fundamentais da moral e da ética espíritas já estavam claramente expostas na 3ª parte de <i>O Livro dos Espíritos</i>, sob o abrangente título de “Das Leis Morais”, identificadas por Kardec e pelos espíritos como expressões da própria lei natural ou divina e, por isso, “eternas e imutáveis”;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.8 - É falsa a informação de que, para a CEPA, “a moral espírita é superior à moral de Jesus”. Ora, não cabe supremacia de uma sobre a outra: a moral espírita não é superior nem inferior à moral de Jesus, elas são semelhantes. Entretanto, por estar o espiritismo inserido na modernidade e por se propor a tornar-se expressão de perene contemporaneidade, assimilou os grandes valores humanistas conquistados justamente em oposição à opressão religiosa que a cristandade instaurou em nossa história;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.9 - A CEPA corrobora o critério de abordagem exclusivamente no <u>ensino moral</u> de Jesus, estabelecido por Kardec na Introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, mas admite ter sido demasiada a tentativa do codificador de conciliar os conceitos espíritas com a teologia católica, ao dedicar-se largamente à interpretação dos textos bíblicos e evangélicos, buscando dar-lhes interpretação racional, através de seus três últimos livros - O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese -, que deve ser compreendida no contexto histórico vivido por Kardec;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.10 - É errônea a expressão “Culto do Evangelho no Lar”, empregada para designar a reunião familiar na qual os seus membros se confraternizam, dialogam, oram e fazem comentários variados sob a ótica do espiritismo, já que não existem cultos nem livro sagrado no espiritismo;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.11 – A CEPA não utiliza a expressão “evangelização” nas atividades ligadas à educação espírita, já que a tarefa de evangelizar é inerente ao catolicismo e ao protestantismo; tal expressão não é encontrada nas obras de Kardec;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">8.12 - Reafirmamos que estamos totalmente em concordância com os ensinos morais do Nazareno, o que não implica aceitarmos as adjetivações dadas ao espiritismo de “cristão” ou “evangélico”. Essa é a visão que a CEPA tem divulgado com toda a clareza, explicitando, também, que há uma nítida distinção entre Jesus e o cristianismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>9. QUANTO À DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">9.1 – A comunicação social espírita no âmbito da CEPA funda-se numa visão pluralista do conhecimento, que pressupõe a interação do espiritismo com os diversos setores com os quais se relacione;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">9.2 – A CEPA evita a linguagem “doutrinante” decorrente de postura exclusivista da posse da verdade;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">9.3 – Na comunicação espírita não é adequado o uso de expressões ou de linguagem religiosa ou de grupos iniciáticos, assim como de fraternidades, logias, organizações esotéricas, místicas ou ocultistas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">9.4 - Allan Kardec tentou desenvolver uma linguagem que se adequasse ao novo sentido e análise que o espiritismo faz da vida e das relações entre os “mortos” e “vivos”, mas sucumbiu às necessidades de comunicação e teve que usar palavras consagradas, dando-lhes um significado diferente. Exemplo disso são as expressões “céu”, “inferno”, “purgatório”, “anjos de guarda”, “anjos” e “demônios” que possuem significado próprio na teologia católica. Ao se utilizar essas expressões nos ambientes espíritas, mesmo que sob o enfoque dos princípios espíritas, corre-se o risco de difundir as concepções católicas. O espiritismo simplesmente não admite a existência de céu, inferno, purgatório, anjos e demônios;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">9.5 - Com base nos modernos estudos no campo da comunicação, e coerente com sua própria gênese fundamentada no diálogo, deverá ser enfatizada a <u>comunicação</u> e não a <u>divulgação</u> do espiritismo, considerando-se que, no primeiro processo ocorrem interação e participação dos envolvidos enquanto que no segundo processo o comunicador está de posse do conhecimento, da verdade, e sua função é de, apenas, transmitir esse conhecimento e essa verdade sem considerar a bagagem de que o destinatário é detentor.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><u><b>FONTES:</b></u></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Declaração Final redigida ao final de diversos congressos e conferências da CEPA;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Artigos de autoria de Jon Aizpúrua, Milton Medran Moreira, Maurice Herbert Jones, Luiz Signates e Salomão Jacob Benchaya, divulgados em nome da CEPA, nos jornais OPINIÃO e ABERTURA;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Livro “Novo Modelo Conceitual – Reescrevendo o Modelo Espírita”, de Jaci Regis;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Livros “O Pensamento Atual da CEPA”, “A CEPA e a Atualização do Espiritismo” e “Da Religião Espírita ao Laicismo”, publicados pelo Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;">(APROVADA EM REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE ASSEMBLEIA GERAL, REALIZADA EM 05.09.2010, EM BENTO GONÇALVES-RS)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">[1] Revista Espírita – nov/1868</div>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-34669249297289017392011-01-01T19:11:00.001-02:002011-01-12T23:07:51.834-02:00Brincando de modelar<span style="font-size: large;"><b>Mundo Espiritual</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>Brincando de modelar</i></span><br />
<br />
Quando crianças qualquer um de nós adorava brincar de massinha. Aquela bolota passeava em nossos dedinhos e bem que de repente alguma coisa surgia como do nada. Podia ser o corpinho de um boneco, uma simples cobrinha, ou qualquer outra maravilha da natureza.<br />
<br />
A criatividade parecia que aparecia ao acaso e tornava combustível para mais e mais idéias originais. Esta brincadeira continua em nossas vidas quando resolvemos criar nossos modelos para todas as coisas da vida.<br />
<br />
Quando adultos somos mais rigorosos com aquilo que produzimos, mas ainda assim há espaço para o improviso e para o espanto com nossa própria intuição. E o prazer em modelar continua sendo o mesmo de quando éramos crianças.<br />
<a name='more'></a><br />
Então vamos brincar um pouquinho... vamos brincar de modelar tudo o que existe... que pretensão, hein!? Mas, vamos lá... vamos começar pela matéria. <b>Matéria</b> seria aquilo que ocupa um lugar no espaço. Por sua vez, o <b>espaço material</b> seria caracterizado por várias dimensões.<br />
<br />
Destas várias dimensões nós estamos acostumados com apenas três (comprimento, altura, profundidade). Para estas iremos chamar de <b>mundo físico</b>. Para as outras possíveis dimensões iremos chamar de <b>mundo espiritual</b>.<br />
<br />
A matéria pode se aglutinar formando <b>corpos</b>. No mundo físico estes corpos serão chamados <b>corpos físicos</b>. No mundo espiritual, serão chamados <b>corpos espirituais</b>. Quaisquer destes corpos são como máquinas ou instrumentos usados por seus donos. Mas quem seriam eles?<br />
<br />
Como espiritualistas acreditamos que há algo além da matéria, ou seja, algo imaterial. Como modelamos o espaço material com suas dimensões, vamos imaginar um <b>espaço imaterial</b> que seria adimensional. Este espaço seria constituído por um elemento chamado <b>princípio inteligente</b>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQk9pBXdt9Q9RXcZLv8udWzdOlKGK6PMyuqN6aCbi4MRxZ2O9ltLQvUVoX3RoenJKkEv1VrbHNcEUlYTVsurXaAZu6tqKz5y5MBbiflyI8_nz_5keDYyd5QrP6JPHQ8DOdHBMAZ0Naklz0/s1600/ModeloVital.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQk9pBXdt9Q9RXcZLv8udWzdOlKGK6PMyuqN6aCbi4MRxZ2O9ltLQvUVoX3RoenJKkEv1VrbHNcEUlYTVsurXaAZu6tqKz5y5MBbiflyI8_nz_5keDYyd5QrP6JPHQ8DOdHBMAZ0Naklz0/s320/ModeloVital.jpg" width="320" /></a></div><br />
Este princípio inteligente seria o responsável por quebrar o determinismo do espaço material ao ter a capacidade e o desejo de decisão sobre as possibilidades colocadas na mesa. Esta capacidade e este desejo iremos chamar de <b>livre arbítrio</b>.<br />
<br />
O princípio inteligente poderia atuar (fazer suas escohas) diretamente no mundo material ou no mundo espiritual. Porém, as possibilidades para atuação pelo mundo material seriam menores do que pelo mundo espiritual. Isto é, decisões mais complexas seriam realizadas apenas através do mundo espiritual.<br />
<br />
Esta atuação do princípio inteligente se dá por meio dos corpos físicos e espirituais. Os corpos físicos seriam perecíveis e os corpos espirituais, não, embora possam ir se transformando ao longo do tempo. A atuação do princípio inteligente sobre um dado corpo espiritual o transforma em um indivíduo, e o chamaremos por <b>espírito</b>.<br />
<br />
Um espírito, que é a individualização do princípio inteligente num corpo espiritual, pode ao longo de sua existência se ligar a corpos físicos. A este processo de ligação chamaremos de <b>encarnação</b>. Ao processo inverso, isto é, o desligamento, chamaremos de <b>desencarnação</b>.<br />
<br />
Durante o período de encarnação o espírito tem o controle sobre o seu corpo físico e não pode abandoná-lo enquanto o corpo não perece. Embora não pereçam os corpos espirituais também podem ficar enfraquecidos e este enfraquecimento tem repercussão na saúde do corpo físico.<br />
<br />
Vamos admitir a possibilidade dos corpos espirituais poderem se recuperar e esta recuperação dependeria de um processo de troca de matéria espiritual entre os corpos espirituais. A esta troca daremos o nome de <b>passe</b>.<br />
<br />
Espíritos desencarnados poderiam em determinadas condições se comunicar com espíritos encarnados. Este mecanismo de comunicação daremos o nome de <b>mediunidade</b>. Neste processo os espíritos encarnados são chamados de <b>médiuns</b>. Alguns destes teriam também a capacidade de operar o passe.<br />
<br />
Podemos continuar brincando, mas parece que, por enquanto, o modelo já está de bom tamanho. Só gostaria de explicar mais uma coisinha... imagine que a figura do modelo apresentado acima seja uma folha de papel. Dobre-a ao meio jogando o espaço imaterial para trás do espaço material. Agora dobre-a novamente ao meio colocando o mundo físico de frente para o mundo espiritual.<br />
<br />
Com estas dobraduras podemos ter uma idéia da atuação do princípio inteligente sobre o mundo físico e sobre o mundo espiritual. Parte do espaço imaterial fica colada ao mundo físico e a outra parte, colada no mundo espiritual. Dessa forma, fica ilustrada a ação direta do princípio inteligente sobre corpos físicos e a ação indireta sobre estes mesmos corpos físicos tendo como intermediários os corpos espirituais.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-25980352584791820572010-07-06T21:55:00.002-03:002011-01-12T23:08:38.301-02:00Faltou imaginação?<span style="font-size: large;"><b>Mundo Espiritual</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>Faltou imaginação?</i></span><br />
<br />
A reencarnação na Terra ou em outros mundos é ponto pacífico entre os espíritas e mesmo entre simpatizantes espíritas. Por outro lado, a reencarnação no mundo espiritual é uma idéia nova que começa a ser levantada e discutida no movimento espírita.<br />
<br />
Uma das principais pessoas que estão a frente desta idéia é o médium Carlos Baccelli, de Uberaba. Baccelli já abordou o tema em alguns de seus livros, em especial naqueles que contam com a autoria espiritual do médico Inácio Ferreira. Aliás, este espírito mantém um <a href="http://inacioferreira-baccelli.zip.net/">blog na Internet</a> onde, uma vez por semana, publica artigos tratando deste e de outros temas.<br />
<br />
Particularmente, gostei muito desta iniciativa e fiquei mesmo impressionado com a fluência, com a desenvoltura dos textos publicados. Seria simplesmente fantástico se todos os seres desencarnados tivessem a possibilidade de transmitir suas idéias por este meio e com esta facilidade.<br />
<a name='more'></a><br />
A idéia da reencarnação no mundo espiritual é muito curiosa e mesmo sedutora, especialmente pra quem, como eu, gosta de ficar divagando ou elocubrando sobre as hipóteses espíritas. Pra começo de conversa você precisa imaginar a existência de um corpo espiritual que nascerá e que morrerá um dia. O ser espiritual, então, recebe ou se liga a este corpo no nascimento ou em algum momento da existência deste corpo; e depois, quando o corpo morre ou está para morrer, o ser se solta dele ficando, assim, potencialmente preparado para uma nova reencarnação.<br />
<br />
Para alguém realmente interessado em entender esta idéia há de se perguntar como são formados estes corpos. Ou melhor, qual é o processo de evolução deste corpo espiritual desde o seu nascimento até a sua morte.<br />
<br />
E foi esta dúvida que eu levei pessoalmente para um pinga fogo com o médium Baccelli realizado aqui em São Carlos. A pergunta foi feita por escrito e transmitida pelo dirigente da casa espírita. Baccelli disse que a questão era muito complexa e quem estivesse interessado que procurasse um esclarecimento no livro <a href="http://www.autoresespiritasclassicos.com/Gabriel%20Delanne/Livro%20A%20Evolucao%20Animica/Gabriel%20Delanne%20-%20a%20Evolu%C3%A7%C3%A3o%20Animica.htm">A Evolução Anímica</a> do francês Gabriel Delanne.<br />
<br />
Olha, sou jovem, tenho muito o que aprender, mas sei que esta obra fala sobre a evolução do espírito e não sobre a evolução de um corpo espiritual que pudesse ser utilizado para uma reencarnação no mundo espiritual. Pois bem, imaginei sinceramente que o médium não tivesse entendido a pergunta ou que eu esperava uma explicação teórica sofisticada.<br />
<br />
Assim, achei por bem esperar o término do pinga fogo e pacientemente esperei o médium autografar vários dos seus livros que estavam à venda. Então, reformulei a pergunta explicando que eu queria entender na prática de onde surgia este corpo para o ser espiritual reencarnar por lá. Não foi grande a minha decepção ao ouvir do próprio médium que ele não sabe? Que o doutor Inácio ainda não explicou isso?<br />
<br />
Como assim? Escreve livros sobre a questão, faz palestras, edita jornal, publica artigos na Internet e agora não sabe de onde vem e nem para onde vai este corpo? Que doutor Inácio é esse que está super antenado no movimento espírita, vive dando "banana" para as pessoas, sabe tudo da obra do Chico, foi e é médico, e agora deixou passar o essencial da idéia: a evolução do corpo espiritual?<br />
<br />
Não, não! Deve ter havido um mal entendido, alguma explicação deve ter! Ponho a cabeça pra funcionar e saio em socorro do médium: "provavelmente, eles não podem dizer tudo ainda!". Mas não, ele disse que, na verdade, ele precisaria ter um conhecimento mais avançado de genética, coisa e tal... ah tá!!! Então, disse eu, "o negócio é biológico?" e ele responde "é isso, eu acho que é similar!".<br />
<br />
Depois dessa resposta percebi que o médium não sabia era nada. Mas, se não sabe, como é que defende com unhas e dentes a idéia?!? Sinceramente, pra mim, ele poderia ter me falado qualquer coisa. Poderia ter falado que lá o corpo nasce na barriga de um corpo masculino. Poderia ter dito que os corpos são criados em incubadoras do Nosso Lar. Poderia ter falado mesmo que surgiam do nada. Só não podia ter falado que não sabe. E agora eu te pergunto: faltou imaginação?Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-51380800793386385602010-06-03T23:07:00.001-03:002011-01-12T23:09:10.753-02:00Pressa na reencarnação<b><span style="font-size: large;">Matemática Espírita</span></b> <br />
<span style="font-size: large;"><i>Pressa na reencarnação</i></span><br />
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Outro dia estava conversando com alguns amigos sobre a necessidade reencarnatória dos espíritos. Um deles nos contou que um espírito numa reunião mediúnica reclamava que estava tendo dificuldades para reencarnar e, por isso, fazia um apelo aos encarnados para que tivessem mais filhos dando assim mais oportunidade para a reencarnação. Dizia o espírito que a fila estava muito grande e, portanto, tinha que ficar esperando por um bom tempo.<br />
<br />
Como se sabe hoje em dia a taxa de natalidade é uma das mais baixas da história e a população mundial tende a se estabilizar. As brasileiras, por exemplo, querem ter um ou dois filhos no máximo. Entretanto, uma observação mais atenta mostra que o espírito não tem razão na reclamação.<br />
<br />
Alguns autores espíritas avaliam que a população total de espíritos (encarnados e desencarnados) do planeta Terra é da ordem de 20 bilhões. Então nosso espírito reclamão deve estar na fila da reencarnação contendo aproximadamente uns 13 bilhões de espíritos. Vamos imaginar que ele seja o último da fila... quanto tempo ele vai ter que esperar para reencarnar?<br />
<a name='more'></a><br />
De acordo com a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/World_population">Wikipedia</a> a cada ano nascem em torno de 134 milhões de crianças. Vamos supor que este número de nascimentos permaneça constante ao longo dos anos. Então para todos os 13 bilhões de espíritos desencarnados reencarnarem levará 97 anos.<br />
<br />
Vamos agora avaliar qual seria a expectativa de tempo para a reencarnação de um espírito vivendo em 1850 quando se iniciavam as primeiras experiências de Kardec na fundação do Espiritismo. De acordo com a mesma Wikipedia a população mundial desta época estava em torno de 1,26 bilhão de pessoas. Considerando que os mesmos 20 bilhões de espíritos atuais estavam por lá então tínhamos 18,7 bilhões de espíritos desencarnados.<br />
<br />
De acordo com o artigo <a href="http://www.prb.org/Articles/2002/HowManyPeopleHaveEverLivedonEarth.aspx">"Quantas pessoas já viveram na Terra?"</a> a taxa de natalidade era de 4% da população, ou seja, duas vezes maior do que a de hoje. Assim, nasciam naquela época 50 milhões de crianças por ano. Permanecendo constante este número de nascimentos então a expectativa seria a de que levasse 374 anos para que todos os desencarnados reencarnassem.<br />
<br />
Agora vamos voltar a dois mil anos atrás quando estimativas apontam uma população de apenas 300 milhões de pessoas. Naquela época a taxa de natalidade era de 8% e, portanto, nasciam 24 milhões de crianças por ano. Para um total de 19,7 bilhões de desencarnados esperando na fila da reencarnação o último da fila tinha uma expectativa de espera em torno de 820 anos.<br />
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Enfim, nosso amigo espírito deveria aproveitar melhor o seu tempo na erraticidade e parar de reclamar com a falta de oportunidade para reencarnar. Uma hora vai chegar a sua vez!Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-18442870094621618862010-04-07T22:49:00.003-03:002011-01-12T23:12:51.222-02:00O Prefácio “quase-esquecido” de “O Céu e o Inferno”. Parte I<span style="font-size: large;">Por Augusto Araújo</span><br />
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: inherit;">Originalmente publicado no blog <a href="http://mansoes.blogspot.com/">Mansões Filosofais</a></span></i></span><br />
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<a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html">O Prefácio “quase-esquecido” de “O Céu e o Inferno”. Parte I</a><br />
<br />
<div align="center"><span style="font-size: medium;"><b>Introdução</b> </span></div><div align="center"><br />
</div><div align="center"><a href="http://lh3.ggpht.com/_3g0RpQVfQBM/S7KPInCixkI/AAAAAAAAAKE/mxXaexXqKSk/s1600-h/image4.png"><img alt="image" border="0" height="373" src="http://lh6.ggpht.com/_3g0RpQVfQBM/S7KPLtspg2I/AAAAAAAAAKI/YKlSn2W0NMQ/image_thumb2.png?imgmax=800" style="border-width: 0px; display: inline;" title="image" width="252" /></a> </div><div align="center"><br />
</div><div align="justify">Em 1865, quando Allan Kardec (1804-1869) publicou o livro <i>Le Ciel et l’Enfer ou la Justice Divine selon le Spiritisme </i>(“O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”), o fez preceder de um <i>Préface</i> no qual, dentre outras coisas, propõe uma revisão de algumas de suas obras e apresenta o novo livro como continuidade de seu labor de desenvolvimento da doutrina espírita.<a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftn1_5416" name="_ftnref1_5416">[1]</a></div><div align="justify"><br />
Curiosamente, no entanto, este <i>Préface</i> parece ter sido esquecido pelos tradutores brasileiros da obra kardeciana.<a name='more'></a> Esquecimento que só não foi total, visto que o público brasileiro dispunha de duas traduções parciais deste texto. Ambas, presentes nas traduções de Salvador Gentile e de Evandro Noleto Bezerra à <i>Revue Spirite</i>. No número de setembro de 1865, Kardec publicou um excerto do Prefácio na seção “Notas Bibliográficas”.<a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftn2_5416" name="_ftnref2_5416">[2]</a></div><div align="justify">Recentemente (2009), no entanto, foi publicada pela Federação Espírita Brasileira (FEB), uma nova tradução de <i>O Céu e o <b>Inferno</b></i> (feita por Evandro Noleto Bezerra), a qual reintegra o Prefácio a seu lugar de direito. Em nota o tradutor explica que: </div><blockquote><div align="justify">Este “Prefácio” não fazia parte da 4ª edição francesa de <i>O Céu e o Inferno</i> – edição definitiva – que serviu de base para esta tradução. Apareceu, na 1ª edição, publicada em agosto de 1865. Ao inseri-lo aqui, tivemos em vista resgatar para as novas gerações estes escritos quase desconhecidos do Codificador do Espiritismo e oferecê-los aos estudiosos da Doutrina Espírita.<a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftn3_5416" name="_ftnref3_5416">[3]</a></div></blockquote><div align="justify">Desconheço se Kardec teria retirado o <i>Préface</i> apenas nesta última edição por ele revista (4ª edição de 1869), ou se já o fizera nas edições anteriores. A nota acima não oferece qualquer indicação a respeito. Igualmente desconheço os motivos pelos quais Kardec teria feito isso. No entanto, parece-me claro, os tradutores brasileiros se “esqueceram” do <i>Préface</i> de 1865 por que basearam suas traduções na edição de 1869.</div><div align="justify">Outro fato curioso envolvendo a obra em questão é que esta 4ª edição, assumida como definitiva, só veio a lume a 1º de Julho de 1869. Três meses, portanto, após a morte de Allan Kardec. Florentino Barrera, em seu livro <i>Resumo Analítico das Obras de Allan Kardec</i> <a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftn4_5416" name="_ftnref4_5416">[4]</a>, afirma que esta edição estabelece o texto definitivo da obra uma vez que teria sido revista pelo próprio Kardec. Informação corroborada pela <i>Revue Spirite </i>(Jul/1869) que a anunciou, seguida da observação: </div><blockquote><div align="justify">A parte doutrinária desta nova edição, inteiramente revista e corrigida por Allan Kardec, sofreu importantes modificações. Alguns capítulos foram inteiramente refundidos e consideravelmente aumentados.<a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftn5_5416" name="_ftnref5_5416">[5]</a></div></blockquote><div align="justify">Instigado pelo que acreditava fosse uma lacuna histórica, e, portanto, sem conhecimento do trabalho de Evandro Noleto Bezerra, empreendi minha própria tradução do texto. Empreitada assumida com o apoio do amigo Vital Cruvinel (um dos editores do blog <a href="http://decodificando-livro-espiritos.blogspot.com/">Decodificando O Livro dos Espíritos</a> e de quem é a revisão da tradução). Nossa ideia original era a de enviar a tradução para publicação em algum periódico interessado. No entanto, diante da realidade daquela outra iniciativa, desistimos temporariamente da ideia.</div><div align="justify">Como tradutor, meu empenho foi de evitar tanto o literalismo simplista, que ignora as distâncias linguísticas e temporais entre o texto original e o esforço de tradução; quanto uma abordagem mais livre que pudesse desvirtuar o sentido original que o autor quis impingir a sua obra, ou que pudesse abrir espaço para interpretações dúbias de sua mensagem.</div><div align="justify">Depois de concluída a tradução e sua revisão, e tão logo tomamos conhecimento do trabalho realizado por Evandro Noleto Bezerra, tivemos o cuidado de cotejar as traduções em busca de possíveis equívocos de compreensão de nossa parte. E, de minha parte, fiquei satisfeito em constatar a proximidade bem como a distância pelas opções linguísticas e estilísticas assumidas. O que poderá ser facilmente percebido pelo leitor num breve exercício comparativo. Visando possibilitar tal comparação, bem como contribuir com o avanço dos estudos da obra kardeciana no Brasil, decidi, com a anuência de Vital Cruvinel, tornar público este modesto empreendimento conjunto.</div><div align="justify"><br />
</div><hr align="left" size="1" width="33%" /><div align="justify"><a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftnref1_5416" name="_ftn1_5416">[1]</a> Ao contrário do que aconteceu com as demais publicações de Allan Kardec, a obra <i>O Céu e o Inferno</i> parece não ter obtido imediatamente um grande sucesso de vendas. Se comparado com a <i>opus magna</i> de Kardec – <i>Le Livre des Esprits</i> – a qual apenas entre 1860 (ano da publicação da 2ª e definitiva edição) e 1863 somou 9 edições (10 se contarmos a partir da 1ª edição de 1857); ou mesmo com o sucesso de <i>La Génèse, les miracles et le predictions selon le spiritisme </i>(“A Gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo”), que obteve três edições no mesmo ano de sua publicação (1868), com a diferença de apenas um mês entre elas; o penúltimo dos grandes tratados kardecianos teve desempenho bastante modesto. Segundo Florentino Barrera (2003, p. 71-78), a segunda edição de <i>O Céu e o Inferno</i> só veio a lume em 1868, três anos após seu lançamento, portanto. Ainda segundo Barrera, a 3ª edição data de 1868-1869; e 4ª edição 1869.</div><div align="justify"><a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftnref2_5416" name="_ftn2_5416">[2]</a> KARDEC, Allan. <i>Revista Espírita</i>, Set/1865. <b>Notas Bibliográficas</b>. Rio de Janeiro: FEB, 2006. p. 377-382. (Trad.: Evandro Noleto Bezerra).</div><div align="justify"><a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftnref3_5416" name="_ftn3_5416">[3]</a> BEZERRA, Evandro Noleto. <b>Nota do Tradutor. </b>In: KARDEC, Allan. <i>O Céu e o Inferno.</i> Ou a justiça divina segundo o espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2009. p.11.</div><div align="justify"><a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftnref4_5416" name="_ftn4_5416">[4]</a> BARRERA, Florentino. <i>Resumo Analítico das Obras de Allan Kardec.</i> São Paulo: USE/Madras, 2003. (Trad.: David Caparelli). Há uma discrepância na informação da data da publicação da 4ª edição fornecida por Barrera e o anúncio publicado na <i>Revue Spirite</i> de Julho de 1869. O pesquisador fala do lançamento ocorrido a 1º de Julho de 1869. A <i>Revue, </i>embora no número de Julho, dá como data do início das vendas da nova edição a 1º de Junho, um mês antes, portanto. Tanto Barrera pode ter se equivocado, quanto pode ter ocorrido um erro gráfico na publicação da <i>Revue</i>. Como não tenho subsídios para uma correta avaliação da questão, deixo-a em aberto, por enquanto.</div><div align="justify"><a href="http://mansoes.blogspot.com/2010/03/o-prefacio-quase-esquecido-de-o-ceu-e-o.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+mansoes+%28Mans%C3%B5es+Filosofais%29#_ftnref5_5416" name="_ftn5_5416">[5]</a> KARDEC, Allan. <i>Revista Espírita</i>. Jul/1869.<i> </i><b>À Venda em 1º de Junho de 1869. </b>Rio de Janeiro: FEB, 2005. p. 309-310. (Trad.: Evandro Noleto Bezerra). A rigor o artigo deve ter sido escrito por A. DESLIENS que, após a morte de Allan Kardec, tornou-se o secretário-gerente da <i>Revista Espírita</i>, cargo, na prática, equivalente ao de redator. Contudo, sigo aqui, ao fazer essa referência bibliográfica, o padrão indicado pelos dados fornecidos pela editora na ficha catalográfica do volume correspondente ao número XII da coleção da <i>Revista</i> <i>Espírita.</i></div>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-76849817598314758702010-03-09T00:15:00.003-03:002011-01-12T23:14:07.243-02:00O Novo Espiritualismo<span style="font-size: large;"><b>História Espírita</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>O Novo Espiritualismo</i></span><br />
<br />
Nas minhas viagens pelos mares da Internet encontrei um livro muito antigo, mas muito interessante. Foi escrito por um pastor americano, Hiram Mattison, em 1853, antes mesmo de Denizard Rivail ter seu primeiro contato com os fenômenos das mesas. O livro chama-se "<a href="http://books.google.com/books?id=5MM3AAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q=&f=false">Spirit-Rapping Unveiled! An expose of the Origin, History, Theology and Philosophy of certain alleged communications from the Spirit World</a>" ou, em Português, "Revelada a comunicação por batidas! Uma exposição da Origem, História, Teologia e Filosofia das alegadas comunicações com o Mundo Espiritual".<br />
<br />
Trata-se de um livro que tem o propósito de descontruir a idéia da possibilidade de comunicação com os espíritos. E independente de concordarmos ou não com o autor o fato é que ele traz um conjunto de informações que podem contribuir para a compreensão da história do Espiritismo.<br />
<br />
Apenas folheando o livro você já se depara com idéias muito avançadas a respeito das comunicações e com um movimento organizado e numeroso. Até mesmo a palavra Espiritismo (Spiritism) já era empregada naquela época para designar a prática da comunicação com os espíritos. Um termo relativamente novo que Kardec preferiu adotar para a sua nova filosofia.<br />
<a name='more'></a><br />
As formas de comunicação com o mundo espiritual também já se mostravam avançadas. E o autor, ainda que de forma desabonadora, apresenta várias delas, além daquela mais conhecida como spirit-rapping ou comunicação por batidas. Vejam, por exemplo, como ele retrata a psicografia num desenho que está na página 62.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKsZVyHPfLv9ukraxC4Tv-yKENvM2Ow8fAPN3CDp0oJZhVvdGYphAJeKFUHIxUlZQQZpRj0SPgcR3zTGWz2MeJa3FGypJtij2Cs0ZYCgioyLtGAjhqvjKRBkCSqqOwXw3JY41A3apqnl5/s1600-h/A+Writing+Medium.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKsZVyHPfLv9ukraxC4Tv-yKENvM2Ow8fAPN3CDp0oJZhVvdGYphAJeKFUHIxUlZQQZpRj0SPgcR3zTGWz2MeJa3FGypJtij2Cs0ZYCgioyLtGAjhqvjKRBkCSqqOwXw3JY41A3apqnl5/s400/A+Writing+Medium.jpg" width="400" /></a></div><br />
Nesta ilustração o médium se encontra lendo um livro sem prestar atenção no processo de comunicação enquanto o espírito (na forma de uma sombra "voando") apoia sua mão sobre a mão do médium. É interessante observar também que o médium se encontra sozinho em sua residência (e não usualmente numa sessão) e em sua biblioteca encontram-se clássicos deste novo movimento como o "Great Harmonia" de Andrew Jackson Davis.<br />
<br />
Descreve ainda outras formas de comunicação como a psicofonia e a intuição (chamada pelo autor de Spiritual Impression Process). Vejam na ilustração abaixo como o espírito mau é representado pelo diabo e fica apenas cochichando no ouvido do médium.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN1Ill4mJkTyjmXd92Oi1hbFHtppkumDZRMaVd0s2XCV4Ns6CdWntdPkQPTeQrlgKtdmc976sN90GwmbKNTtwre-gfAnSEwXxzh4wRVfdAk6VlHjc50GjJS31IEWJp621Zrk0xh9bmZKx9/s1600-h/Writing+By+Spiritual+Impression.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN1Ill4mJkTyjmXd92Oi1hbFHtppkumDZRMaVd0s2XCV4Ns6CdWntdPkQPTeQrlgKtdmc976sN90GwmbKNTtwre-gfAnSEwXxzh4wRVfdAk6VlHjc50GjJS31IEWJp621Zrk0xh9bmZKx9/s400/Writing+By+Spiritual+Impression.jpg" width="400" /></a></div><br />
A nova filosofia espiritualista também já ganhava um corpo teórico consistente e, segundo o autor, próximo a um chamado movimento universalista. No capítulo IX o autor enumera uma lista de idéias desta nova filosofia. Entre elas estão várias que vão contra as idéias religiosas como:<br />
<br />
as estórias do pecado original e da queda do homem são falsas,<br />
o homem evolui por si próprio,<br />
Jesus não deve ser comparado a Deus,<br />
Jesus não é o salvador dos nossos pecados,<br />
não há milagres,<br />
a Bíblia não é a palavra de Deus e está cheia de erros,<br />
não há demônios e nem inferno,<br />
não há ressureição dos mortos e nem o juízo final.<br />
<br />
Enfim, é um material muito rico e que demonstra como os americanos já estavam avançados em matéria de comunicação com os espíritos e que também estava avançada a crítica a este novo movimento espiritualista.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-2089290176449742522010-02-02T21:40:00.001-02:002011-01-12T23:15:05.365-02:00Umbral, doisbrall e tresbralll<b><span style="font-size: large;">Por <a href="http://www.pozitano.blogspot.com/">Michelle Pozitano</a></span></b><br />
<br />
Zé dos Grudes, recém desencarnado, encontrava-se nas regiões umbralinas. Logo mais, seus dois amigos Fulano e Sicrano, também lá se aportavam.<br />
<br />
_ Olá Zé, como tá as coisas?<br />
_ Ora Fulano, melhor impossível. E você Sicrano, o que faz aqui? Não ia sempre no centro espírita e lia bastante livros?<br />
<br />
_ Oras Zé, não sei não o que faço aqui. Devem ter errado em alguma coisa lá no céu. Mas tudo bem, não me importo muito. Deve ter um motivo pra eu estar aqui. Bom, vou dar uma volta pra conhecer este lugar, mas, onde acende a luz?<br />
_ Sabe que não sei. Já procurei o interruptor, mas nada! - respondeu o Zé coçando a cuca.<br />
<a name='more'></a><br />
_ OLáááá - gritou Sicrano, na tentativa de encontrar alguém.<br />
_ Que silencio né? - admirou o Zé<br />
_ É mesmo. - concordaram os amigos<br />
<br />
E assim, o trio andou e andou com as luzes apagadas, sem chegar a lugar algum. Já cansados e desanimados, pararam e sentam no chão.<br />
<br />
_ Que fome! E que sede! Que lugar será que é esse? Perguntou Fulano.<br />
_ Aqui minha gente, é o famoso inferno! Ou Umbral, para eu que sou espírita. Depois do nosso acidente, e de nossas falhas, não poderíamos vir pra outro lugar! - respondeu Sicrano, que estudava raras vezes a doutrina espírita.<br />
<br />
_ Umbral??? Aqui??? Não é possível!! Inferno era lá em casa, com aquela mulher que eu tinha!! Aqui deve ser um pedaço do céu, logo logo alguém vem aqui e troca a lâmpada, deve ter queimado - comentava o Zé.<br />
_ Concordo Zé, inferno era lá na terra, aqui, olha só... que paz!! Dizia Fulano<br />
_ Minha gente! Como podem? Suas esposas eram santas para terem agüentado as traições e as bebedeiras de vocês dois! Agora elas estão lá, livres e felizes, e vocês, aqui no inferno, logo irão implorar pra voltar pra lá.<br />
<br />
Os dois silenciaram mediante tamanha repulsa do Sicrano. Cabisbaixo sentiram uma tristeza. Os dias iam passando, e nada nem ninguém aparecia. Desesperados, começaram a implorar por Deus!<br />
<br />
_ Ô meu Deus, cadê você? Porque me abandonaste? - Questionavam os três amigos solitários.<br />
<br />
Após pronunciarem o nome de Deus, radiante luz surgiu naquele lugar, aparentemente abandonado.<br />
Da luz, se formou uma imagem. Era Santa Rita. Cujos três se diziam devotos e credores.<br />
Ajoelharam-se, fecharam os olhos e pela primeira fez, emitiam pensamentos positivos.<br />
<br />
_ Ó minha querida Santa Rita! Porque estou aqui, neste umbral frio e escuro? - perguntava Sicrano, já meio raivoso.<br />
_ Meus irmão, Bom dia! (embora tudo estava escuro pra eles, o sol brilhava freneticamente).<br />
<br />
_ Em primeiro lugar, aqui é o tresbralll, lugar onde vocês só sairão após fazerem uma boa faxina na cabeça.<br />
_ Ué? tresbralll? Nunca ouvi dizer sobre isso. - Respondia Sicrano, já chacotando.<br />
<br />
_ Pois é, meus irmãos. O tresbralll, é uma subdivisão do umbral. Daqui, necessário será passar pelo doisbrall, para enfim aportar no famoso umbral.<br />
_ Ora, a senhora deve estar fazendo uma piadinha com a gente - Insistia Sicrano, enquanto os outros dois guardavam silencio em oração.<br />
<br />
Aqui no tresbralll, é um lugar de isolamento, para que possam refletir em tudo que fizeram, disseram e pensaram. Por isso vim aqui, levar alguns irmãos para o doisbrall, pois, há alguns que já chegaram na consciência profunda... e lá será uma oportunidade de reencontrar “amigos”, ajustar algumas coisas, e tentar conviver com estes “amigos”. De lá partiremos para o umbral, que encontra-se cheio de gente de tudo que é jeito. E de lá demoraremos um pouco mais para seguir adiante.<br />
<br />
E assim, ela tocou na fronte de Fulano e do Zé. E ao menor toque dela, eles foram transportados para o doisbrall.<br />
<br />
_ Mas como?? E eu?? Você é Santa Rita! Poderosa! Não há de me largar aqui! Cadê sua caridade? - atacava Sicrano, que se dizia espírita.<br />
_ Tive a caridade de vir lhe orientar, meu irmão. Mas cabe a você a melhoria própria para ser transportado para esferas menos escuras.<br />
<br />
E assim, aquele espírito de luz que se fez na imagem de Santa Rita, desapareceu, seguindo para o doisbrall, para vistoria local.<br />
E o Sicrano, bem, este ficou lá pensando se aquela era mesmo Santa Rita, e que se ainda tinha que passar pelo doisbrall e umbral, quanto tempo demoraria pra chegar no céu??Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-87292780330456335322010-01-12T23:42:00.002-02:002011-01-12T23:15:44.183-02:00Divagações<b><span style="font-size: large;"><a href="http://salgadousp.blogspot.com/2009/12/divagacoes.html">Divagações</a></span></b> <br />
<b><span style="font-size: large;">Por André Salgado</span></b><br />
<br />
Não é fácil viver essa aventura chamada vida terrestre. Atribulações, repetições dos mesmos erros e decepções. Procuramos incessantemente nosso lugar nesse mundinho pequenino que muitas vezes o tratamos como “faz de conta” para que possamos sorrir de um sorriso amarelo e artificial. No fundo, sabemos o caminho verdadeiro da felicidade, mas por questões sociais e culturais deixamos oportunidades felizes de lado para poder ser “legal” e “da hora” com nosso meio. Em minhas reflexões diárias eu penso em quanta besteira fazemos na vida e como deixamos nosso ego selvagem e pobre vencer nossa sabedoria. Sinto-me limitado e muitas vezes idiota por seguir certos caminhos tortos que já sei que não irá levar a nada. Vocês que estão acompanhando isso, pensem, quantas vezes foram uns “animais” e deixaram as paixões empobrecidas te dominarem, tornando-os infelizes e dependentes de todas as naturezas inferiores?<br />
<a name='more'></a><br />
Vejo pessoas inseguras ao ponto de jogar amizades fora para viver a utopia de que o amor é restrito a uma única pessoa. Não sabem compartilhar e viver a vida em todos os aspectos como a amizade, o coleguismo, a lidar com encontros inesperados do cotidiano, etc. Fechamos em nosso mundo imaginando que somos seguros nele. Grande ilusão meus caros! A maior ameaça está dentro de nós mesmo e é lá que devemos trabalhar para sermos altivos e serenos em nossas relações. Somos aquilo que permitimos. Nunca esqueçam isso.<br />
<br />
Vivemos atribuladamente querendo e desejando algo que às vezes nem sabemos por que o queremos. Vícios sociais que adquirimos e acabamos assimilando de forma a tratar o ser humano como seres de consumo. Não nos apaixonamos mais. Compramos homens e mulheres alienados com seus ritmos “malucoides” e insanos. Os atributos materiais e de comportamentos sociais tornam-se maiores que os sentimentos de ternura, companheirismo, carinho, amizade e dedicação. Não sabemos viver simples. Precisamos ser complexos para que camufle nossa pobreza de ser que somos. Quem realmente se conhece, vive para amar. Sabe se doar com simplicidade e serenidade. Sabe esperar o momento. Aproveita melhor as oportunidades. Será que não é hora de rever conceitos meus caros?<br />
<br />
Um grande mestre do passado nos disse que devemos ser puros como a criança. Isso significa que devemos ser honestos conosco mesmo. Não confundir com ingênuos e ignorantes. A criança é pura, absorve novas idéias sem preconceito, dá carinho, sorri convulsivamente com o palhaço, e acima de tudo, dá sempre um abraço de boa noite dizendo que nos ama. Nunca esqueçam, façamos da conduta infantil o nosso próprio pilar de atitude para que continuemos sempre eternas crianças em nossos corações.<br />
<br />
Existem momentos da vida que precisamos reciclar comportamentos e controlar atitudes, mas sem prejudicar ou ofender a outrem. Toda vez que procuramos renovar causamos resistência e até sofremos tentações para desistir, mas se mantermos a convicção e serenidade traremos a nós ótimos frutos, de atitudes com mais discernimento e sabedoria. Por isso o silencio, um bom livro, uma música para o eu interior ajuda e muito nas nossas reflexões. Traz calma aos corações e intensifica os rumos alicerçando nossa caminhada, deixando-a menos penosa e árida.<br />
<br />
Há dentro de nós vários Oasis que nos auxiliam cotidianamente. Utilizemos sem medo. Lá encontraremos a água para saciar a cede, a sombra confortante do sol escaldante e as estrelas, que no calar da noite, brilham nos orientando os caminhos necessários da jornada rumo à felicidade plena.Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-58365100349007309902010-01-06T00:42:00.001-02:002011-01-12T23:16:08.488-02:00Sim, sim! Não, não!<b><span style="font-size: large;">Estórias do Além</span></b><br />
<i><span style="font-size: large;">Sim, sim! Não, não!</span></i><br />
<br />
João de Deus e Maria Auxiliadora são espíritas há muitos anos. Ambos se dedicam de corpo e alma aos estudos doutrinários como manda o figurino. E participam sempre quando podem de encontros, debates, associações ou simpósios espíritas.<br />
<br />
Atualmente um dos temas mais discutidos é o das pesquisas com células embrionárias, juntamente com a fertilização in vitro e o aborto. Que legal! Hoje tem debate!<br />
<br />
Tanto João de Deus como Maria Auxliadora pretendem expor suas idéias neste debate. Preparam-se pesquisando, sobretudo, o Livro dos Espíritos porque lá está o edifício doutrinário.<br />
<a name='more'></a><br />
João de Deus constrói o seguinte texto para ser apresentado no debate:<br />
<br />
<blockquote>Meus queridos irmãos! O Espiritismo é a doutrina do Amor e do respeito a vida. A união do espírito ao corpo é sempre predestinada e designada por Deus. Ora, Deus, que tudo sabe e vê, já antecipadamente sabia e vira que tal Espírito se uniria a tal corpo.<br />
<br />
Quando uma criança tem que nascer vital, está predestinada sempre a ter uma alma. Nada se cria sem que à criação presida um desígnio. Deus é quem julga qual espírito é o mais capaz de desempenhar a missão a que a criança se destina. A união começa na concepção e desde este instante, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico. A união também é definitiva, no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que está designado para aquele corpo.<br />
<br />
A partir do instante da concepção, começa o Espírito tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. O Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação.<br />
<br />
Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. Por que não respeitar as obras da criação, algumas vezes incompletas por vontade do Criador? Tudo ocorre segundo os seus desígnios e ninguém é chamado para ser juiz.<br />
</blockquote><br />
Maria Auxiliadora também faz o mesmo e constrói o seguinte texto:<br />
<br />
<blockquote>Digníssimos companheiros da causa espírita! O Espiritismo é a doutrina do progresso e da valorização da vida. O mundo espírita é o mundo primitivo, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal é secundário.<br />
<br />
Os espíritos superiores são claros ao apontar qual seria a consequência para o espírito reencarnante que tivesse seu processo reencarnatório interrompido: simplesmente ele escolheria outro corpo. E a importância desta 'morte' é quase nenhuma.<br />
<br />
O nascituro ainda não existe porque ele não tem uma vida espiritual. A vida intra-uterina é a da planta que vegeta. A união do espírito ao corpo só é completa por ocasião do nascimento. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos. Até então o espírito ainda não está encarnado, mas apenas vinculado.<br />
<br />
Como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito. Vamos valorizar a vida! Deus está do lado do progresso!<br />
</blockquote><br />
Como era de se esperar houve muita polêmica com a apresentação destes dois textos no debate. Um texto é amplamente favorável as pesquisas com células embrionárias e o outro é totalmente contrário.<br />
<br />
Mas, o que é isso? Os ânimos estão exaltados! João e Maria não conseguem se entender.<br />
<br />
__ Eu sou um estudioso espírita há 10 anos!<br />
__ Ah! E eu estudo as obras básicas todos os dias há 15!<br />
__ Cê tá de brincadeira! O meu texto foi totalmente baseado no Livro dos Espíritos!<br />
__ E você acha que o meu não?! A doutrina não foi feita para ser interpretada, mas ser entendida! Sim sim, não não!<br />
<br />
E o jovem Pedrinho que acabara de entrar para o movimento espírita perguntou: se vocês dois estão certos então o que está errado?Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-35771928477381339512009-11-20T23:04:00.001-02:002011-01-12T23:16:52.461-02:00O Mundo de Flammarion<b><span style="font-size: large;">Por Renato Zanola</span></b> <br />
<br />
<blockquote>A ciência ainda é muito imprecisa para poder analisar o Espiritismo e seus fenômenos, mas ignorá-la não podemos.<br />
</blockquote><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Camille_Flammarion">Camille Flammarion</a>, famoso astrônomo francês, foi por um longo período o braço científico da doutrina espírita. Mas, seus contemporâneos detectaram já naquela época que ele era aplaudido demais, incensado demais e isso poderia significar um deslumbre e uma interferência nas comunicações.<br />
<br />
O próprio Flammarion ficou desanimado com algumas contradições encontradas nas comunicações. Depois de ter recebido através de um outro médium uma comunicação completamente errada sobre a trajetória de um determinado astro, desabafava: "os espiritos nada tinham a acrescentar na astronomia".<br />
<a name='more'></a><br />
No final de sua vida ele começou a achar que as mensagens recebidas por ele provinham dele mesmo, a ponto de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Denis">Léon Denis</a> chamar publicamente a sua atenção.<br />
<br />
Segundo o médium <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Xavier">Chico Xavier</a>, Flammarion seria a reencarnação de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu">Galileu</a>, confirmando de certa forma o que os contemporâneos de Flammarion já desconfiavam. No Livro dos Médiuns os espiritos já advertiam <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Allan_kardec">Kardec</a> da inconsistência nas comunicações sobre outros mundos (ver LM 296).<br />
<br />
Mas Flammarion, devido a sua genialidade e simpatia pela causa espirita e após publicar a "Pluralidade dos Mundos Habitados" com apenas vinte anos, foi convidado por Kardec para colaborar na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE). Esta publicação custou-lhe o seu emprego no observatório de Paris pois o diretor Leverrier não aceitou a tese espirita.<br />
<br />
E na SPEE escreveu a "Uranografia Geral" ditada por Galileu que, conforme já dissemos, segundo Chico seria ele mesmo. Mas não foi a Uranografia que, de certa forma, desacreditou o movimento espírita; foi a<br />
sua insistência na vida em Marte beirando o fanatismo e a ponto de arrastar boa parte da comunidade cientifica.<br />
<br />
Quando <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Schiaparelli">Schiaparelli</a> observou a existência de "canali" na superfície de Marte, fruto de uma ilusão de ótica, logo começou a afirmar que lá tinha civilização inteligente. E quem discordasse disso era considerado cético demais. O seu companheiro de profissão <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Percival_Lowell">Percival Lowell</a> ainda alavancou esse conceito de tal forma que até os anos sessenta do século vinte os mapas da superfície de Marte tinham os canais mapeados por Lowell.<br />
<br />
Lowell era espirita e visitou Flammarion em Paris onde teve mais certeza ainda da vida marciana. Mas vieram as sondas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Mariner">Mariners</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Viking">Vikings</a> e demais que nos mostraram um mundo completamente diferente, onde a vida material seria muito difícil de existir.<br />
<br />
A ciência, como Kardec já havia dito, se não for acompanhada pelo Espiritismo ela avançará sozinha. Porém, alguns desvairados afirmavam que as imagens vindas das sondas eram armações dos marcianos para nos ludibriar.... Mais detalhes dessa história da pesquisa de Flammarion e Lowell sobre Marte está no livro "The Planet Mars: A History of Observation and Discovery".Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-41731495831755377422009-11-01T21:29:00.001-02:002011-01-12T23:17:27.732-02:00A Carne é Fraca<span style="font-size: large;"><b>Estórias do Além</b></span> <br />
<i><span style="font-size: large;">A Carne é Fraca</span></i><br />
<br />
Maria já está encarnada a uns dez anos. Todas as noites durante o sono ela se liberta do corpo e vai visitar os amigos que havia deixado na Colônia do Refazimento. Na última noite Maria encontrou com o maluquinho do Zé.<br />
<br />
__ E aí, Maria!?! Como vai a vida lá embaixo?<br />
__ Ah! Não tá boa, não! É só voltar pro meu corpitcho que eu esqueço de quem eu realmente sou. Não aguento mais saber que o Pedrinho está me traindo com a sem-vergonha da Lurdinha. E o que é pior: não posso fazer nada!<br />
__ Humm! Ela estava aqui ainda agora... ô Lurdinha! Aparece aí!<br />
<br />
E a Lurdinha apareceu, mas estava um pouco preocupada.<br />
<br />
__ Oi, Maria! Sabe o que é; eu não quero ficar com o Pedrinho, mas quando volto lá pra baixo já não tenho controle sobre minhas ações. Cê entende, né?<br />
__ Entendo nada!!! Você me paga!<br />
<a name='more'></a><br />
Maria solta seus raios ultra perispiritorizantes! Fogo!!! Fogo!!!<br />
<br />
__ Ai! Ai! Ai! Você me acertou; acho que vou desencarnar! Vou deixar este perispírito sarado de academia! Ai!<br />
__ Bem feito! Agora ela não me perturba nunca mais!<br />
<br />
O Zé bem matuto ponderou:<br />
<br />
__Não sei não! Eu já ouvi falar que ela vai pro andar de cima, mas depois volta.<br />
__ Volta como, Zé??? Não fala bobagem!<br />
__ Volta sim! Ela perdeu o perispírito, mas ainda mantém o peri-perispírito.<br />
__ Zé, cê tá de brincadeira comigo, né?!?<br />
__ Não! O seu Justino me disse que ela vai receber um novo perispírito ao emperispirituar no filho esperado pelos seus tios Samanta e Tiago.<br />
__ Meu Deus! Ainda por cima vai ser minha prima de sangue!... ops! de fluido vital!<br />
__ Você acredita se quiser! Tô indo! Falando nisso... não tá na hora de você voltar pro seu quarto? Vai ficando de bobeira que não vai dar tempo!<br />
<br />
Maria se apressou em voltar ao corpo. Como era esperado ela se esqueceu do que acabara de vivenciar, mas tinha uma vaga intuição de que o dia prometeria. Ela e Pedrinho combinaram de sair a noite. Porém, algo estranho aconteceu! Vocês não vão acreditar! A Lurdinha tá dando em cima do Pedrinho! Mas ela não tinha ido dessa pra uma melhor?... quer dizer, de uma melhor para outra melhor ainda? Ah! A noite de sono vai ser longa!<br />
<br />
__ Zé!?! Estou de volta! Onde você está?<br />
__ Tô aqui!<br />
__ Zé, você não tinha falado que a Lurdinha tinha desemperispirituado?<br />
__ Tinha!<br />
__ E como ela estava lá embaixo dando em cima do Pedrinho?<br />
__ Então... depois que a Lurdinha se foi eu vi aquele corpinho dela dando sopa... e aí... estou tomando conta dele. Meu amor, a carne é fraca!... E o perispírito é mais fraco ainda!Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-21491869085112109562009-10-18T18:07:00.002-02:002011-01-12T23:18:02.091-02:00Período na Erraticidade<span style="font-size: large;"><b>Mundo Espiritual</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><i>Período na Erraticidade</i></span><br />
<br />
A reencarnação de um espírito sugere dois estados possíveis: encarnado ou desencarnado. No estado desencarnado diz-se que o espírito está num estado de erraticidade ou num intervalo entre encarnações.<br />
<br />
O período na erraticidade não é fixo e pode variar de indivíduo para indivíduo. Entretanto, há algumas informações nas obras de Kardec que podem indicar uma estimativa de acordo com o nível evolutivo do espírito.<br />
<br />
De acordo com a doutrina espírita os espíritos são criados simples e ignorantes; progridem e podem atingir a perfeição. Na sua condição inicial os espíritos estariam muito ligados a matéria e, assim, necessitariam passar mais tempo encarnados do que desencarnados. É o que ocorre, numa visão extrema, aos espíritos que encarnam em corpos de animais e, quando desencarnados, "não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas".<br />
<a name='more'></a><br />
Com a sua evolução o espírito pode cada vez mais aproveitar sua estada no mundo espiritual e, portanto, acredita-se que o período na erraticidade vai ficando cada vez maior. Por outro lado, há uma informação no diálogo 223 do Livro dos Espíritos dando conta de que "nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata".<br />
<br />
É possível imaginar uma curva na forma de uma parábola para descrever este período na erraticidade em função do nível evolutivo do espírito.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHZS_qIK8-0HdTwPNEQJ_nABpdRhL2lUxHqC-8d1IDMi9HPfRX1cUJy3rauoyBCyrQIGEX6aRZjKZI3N0xTbpajKtPihI91cvSDHxlY5gKVyeLrtXY2XbtD5nBOTPZq_lY_7EZn_Dc7ImX/s1600-h/per%C3%ADodo_na_erraticidade.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHZS_qIK8-0HdTwPNEQJ_nABpdRhL2lUxHqC-8d1IDMi9HPfRX1cUJy3rauoyBCyrQIGEX6aRZjKZI3N0xTbpajKtPihI91cvSDHxlY5gKVyeLrtXY2XbtD5nBOTPZq_lY_7EZn_Dc7ImX/s320/per%C3%ADodo_na_erraticidade.png" /></a><br />
</div><br />
No entanto, é preciso considerar que o período encarnado pode variar de acordo com a evolução do espírito. E na teoria espírita os corpos e os mundos, assim como os espíritos, também evoluem dando condição para que seus habitantes espirituais permaneçam encarnados por um tempo cada vez maior.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEs50oYbyeY6qkWFAnyLRTCpYCPg0O66byU8PAR_3FIVSA_YSmAjKuRU2U6beJzjw9qs9kx-s7X6nm_ekPnVBA5DN7rbXrcbomQFJdbhuutudJ4Q0aE6CM2rvx6PoU40WEcCj5joZ23D8H/s1600-h/per%C3%ADodo_na_erraticidade(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEs50oYbyeY6qkWFAnyLRTCpYCPg0O66byU8PAR_3FIVSA_YSmAjKuRU2U6beJzjw9qs9kx-s7X6nm_ekPnVBA5DN7rbXrcbomQFJdbhuutudJ4Q0aE6CM2rvx6PoU40WEcCj5joZ23D8H/s320/per%C3%ADodo_na_erraticidade(2).png" /></a><br />
</div><br />
Se o tempo de permanência no estado encarnado cresce a uma taxa superior a taxa de crescimento do período na erraticidade então a medida que o espírito evolui este período vai ficando relativamente cada vez mais curto. Isto é, nos mundos mais evoluídos os espíritos passam menos tempo desencarnados do que encarnados.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYNkf9q8w0QgBJ5Loe_LtM6hiESy8bFNfwn2DTdKZ-kwBuKPGjSGP2Gj11PHh3Be3vhjYd3axl5wY0xkjJPIcdzO-ImbAeFrHpfUnt3G3S4zno2x3GUzLl45mrgD9JY_UWv1TkP48CU56V/s1600-h/per%C3%ADodo_proporcional_na_erraticidade(2).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYNkf9q8w0QgBJ5Loe_LtM6hiESy8bFNfwn2DTdKZ-kwBuKPGjSGP2Gj11PHh3Be3vhjYd3axl5wY0xkjJPIcdzO-ImbAeFrHpfUnt3G3S4zno2x3GUzLl45mrgD9JY_UWv1TkP48CU56V/s320/per%C3%ADodo_proporcional_na_erraticidade(2).png" /></a><br />
</div><br />
Para completar o modelo ainda falta considerar a informação espírita de que no estado puro ou perfeito o espírito não precisa encarnar mais. Ou seja, no limite da evolução o gráfico anterior passaria de zero para infinito a razão entre o tempo desencarnado e o tempo encarnado.<br />
<br />
Esta aparente inconsistência pode ser equacionada pela evolução paralela do corpo físico que na condição limite da perfeição se aproxima do corpo espiritual e permanente do espírito. Em outras palavras a condição de encarnado e desencarnado passam a ser equivalentes para o espírito num estado perfeito.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeslxH77epRglrLgq2zy0s_dBIFXsFLefWfaR48Iq8mpygblfQiT6mJrnh6TpkTSWcU9Lq0Ai3ZAlLTBgECi4AktTCJ9HQ0-LuVKyq0ETOmopVFD1rib6ST2XgpHcm_XFfqVIECRCSNI8c/s1600-h/condi%C3%A7%C3%A3o_encarnada_e_desencarnada.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeslxH77epRglrLgq2zy0s_dBIFXsFLefWfaR48Iq8mpygblfQiT6mJrnh6TpkTSWcU9Lq0Ai3ZAlLTBgECi4AktTCJ9HQ0-LuVKyq0ETOmopVFD1rib6ST2XgpHcm_XFfqVIECRCSNI8c/s320/condi%C3%A7%C3%A3o_encarnada_e_desencarnada.png" /></a><br />
</div>Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7334328274124325879.post-31617730162355806562009-10-10T02:02:00.001-03:002011-01-12T23:18:30.397-02:00A fatalidade da morte<span style="font-size: large;"><b>Estórias do Além</b></span> <br />
<i><span style="font-size: large;">A Fatalidade da Morte</span></i><br />
<br />
No cartório de registros Morte Certa da cidade Celestina os escriturários Miguel e Baltazar recebem um memorando assinado pelo chefe Justino: <i>"Favor preparar os registros de morte de João, Maria e Pedro a realizar-se na hora tal do dia tal... causa da morte: acidente de avião durante tempestade"</i>.<br />
<br />
Muito responsáveis Miguel e Baltazar ligaram logo pro departamento de reencarnação Da Luz para saber quando os espíritos citados iriam reencarnar. Nossa! O João já tá pra nascer! Corre! Baltazar, verifica nos arquivos se vai chover no dia tal! Ah! Vai sim! Pode liberar a reencarnação! Ufa! Primeira etapa completada!<br />
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Maria e Pedro iriam nascer em outro ano... Ah! Beleza! Deixa pra depois então! O tempo passa... o tempo voa... Baltazar verfica pra mim, por favor, o que a gente tem pra hoje. Putz!!! A Maria tinha que reencarnar agora... a sua morte já está registrada! Acho que não vai dar mais tempo! Ish!!! Troca pelo Mário, então! Perfeito! Só precisei fazer um 'o' e pôr um acento... o seu Justino não vai nem notar... eheh!<br />
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Seu Justino pede para que Baltazar encaminhe uma solicitação pro departamento de segurança Anjos da Guarda pra garantir que esses espíritos não morram antes do tempo. Beleza, chefe! Eles me disseram que vão providenciar um espírito guardião pro João, dois pro Mário e uma duzia pro Pedro. O quê? Uma duzia? Pois é, o Pedrinho é muito arisco... é melhor prevenir do que remediar, né chefe!?! Tá bom!!!<br />
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Já tá chegando o dia... Baltazar e Miguel estão muito tensos... o João tá falando que tem medo de avião! Ish! Será que ele tá desconfiado??? Acho que vamos precisar de um reforço do esquadrão da morte Ou Vai Ou Racha... Então o comandante Napoleão determina que os seus subordinados Joel e Juliano usem todo o seu arsenal eflúvico para influenciar a decisão do João... nem que pra isso seja necessário apoderar-se da consciência do João. Mas... ah!... o João é muito bonzinho... tá no papo!<br />
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Maravilha! O avião levanta vôo... agora só falta esperar pela tempestade. Humm... Miguel, será que vai chover!?! Não é possível! Esta chuvinha não vai dar pra nada... Chama logo o pessoal da estação meteorológica Faz Chover! Uau! Milhares de companheiros estão condensando as nuvens em cima do avião... que espetáculo! Agora eles não escapam! Caaaabraaam!!! O poderoso Thor atinge o avião com um ultra-mega raio e ... ... ... Plôft! ... Plôft!<br />
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Miguel, corre! Liga pra equipe de resgate Amparadores e fala que o avião já caiu! Baltazar desce até o local pra conferir se a missão foi cumprida... João... presente... Mário... presente... Pedrinho... presente... Zé... o quê? Zé?!? O qui ocê tá fazeno aqui Zé??? Também não sei... eu tava andando por aí e esse avião caiu em cima da minha cabeça. Ah! Eu tô te conhecendo! Você não é aquele que nasceu no lugar de outro?! Êita Zé! Mas que azar o seu, hein!?! Liga não... daqui há pouco eu dou um jeito de te encaixar de novo na fila de espera do departamento de reencarnação Da Luz.<br />
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E aí Baltazar!?! Como é que nós vamos explicar isto pro seu Justino? Miguel, veja bem... se o Zé não era pra ter nascido então não era pra ter morrido... precisamos ser coerentes, entende!?!Vital Cruvinelhttp://www.blogger.com/profile/01989850262808445538noreply@blogger.com3