terça-feira, 1 de maio de 2012

Cepeanos brasileiros aprovam decisão sobre anencéfalos

Opinião Espírita
Cepeanos brasileiros aprovam decisão sobre anencéfalos

Dada a importância da recente decisão do Supremo Tribunal Federal relativa a descriminalização do aborto de anencéfalos a CEPABrasil fez uma pesquisa interna entre seus associados para saber qual é a opinião dos cepeanos em relação ao tema. Foram propostas quatro perguntas simples e objetivas.

  1. Você é favorável a decisão do Supremo Tribunal Federal que autoriza o aborto de anencéfalos?
  2. Você respeita a decisão de uma mulher de abortar seu filho anencéfalo?
  3. Você aprova o aborto de anencéfalos?
  4. Você abortaria um filho anencéfalo?

Esta pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 26 de abril de 2012, após a decisão do STF. Ela foi encaminhada a quarenta associados da CEPABrasil através de um formulário eletrônico (link aqui). Ao todo vinte e seis associados responderam a pesquisa, sendo que, dentre estes, a maioria (23) ocupa a função de delegado especial da CEPA no Brasil.

Para as duas primeiras perguntas todos os participantes da pesquisa responderam "sim", isto é, são favoráveis a decisão do STF e também respeitam a decisão de uma mulher abortar um filho anencéfalo. Os participantes tinham ainda a alternativa de responder "não" ou "não sei". Isto demonstra que os cepeanos no Brasil estão convictos de que não se deve recriminar a mulher em sua difícil decisão pelo aborto.

Para a terceira pergunta os participantes poderiam responder "sim", "não", ou "depende". Para tornar a pergunta mais clara foi apresentada a seguinte orientação: "responda afirmativamente se você aconselharia uma mãe a abortar o seu filho anencéfalo". As respostas para esta pergunta sugerem que não existe consenso sobre esta questão como se observa no gráfico abaixo.


Na quarta pergunta desta pesquisa o participante deveria se colocar na situação de uma mãe ou um pai de um filho anencéfalo. Embora não tenha havido um consenso como mostra o gráfico abaixo, é interessante observar que apenas um participante decidiria por não abortar o filho anencéfalo e quase dois terços dos participantes não saberiam o que fazer. Isto demonstra que os pesquisados compreendem que a decisão por não abortar é difícil ainda que alguns deles entendam que não se deve aconselhar uma mãe a abortar.


Vale ressaltar ainda que dos nove participantes que responderam afirmativamente a terceira pergunta oito deles abortariam um filho anencéfalo. Entre os sete que responderam "não" para a terceira pergunta a maioria não sabe se abortaria um filho anencéfalo, mas um deles disse que abortaria mesmo não aconselhando os outros a fazerem o mesmo. E todos aqueles que responderam "depende" para a terceira pergunta também responderam que não sabem se abortariam um filho anencéfalo.

Fonte: Blog da CEPABrasil

2 comentários:

  1. Preocupante o resultado da pesquisa, partindo de pessoas que, teoricamente, conhecem os postulados espíritas. Vamos entender as respostas as duas primeiras perguntas como concordante com o princípio do livre-arbítrio, mas como entender as respostas seguintes. Um espírita aconselhar ou praticar aborto denota profunda ignorância sobre os ensinamentos dos espíritos superiores, pois sabemos que experiências envolvendo gestações frustas ou mortes prematuras podem ser de enorme importância para o desenvolvimento dos espíritos nesse planeta de expiações e provas. Como afirmava o saudoso Herculano Pires, os epíritass precisam conhecer a Doutrina dos Espíritos.
    Saudações fraternas.

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  2. Obrigado pela visita, José Ribeiro!

    Para entender a posição dos cepeanos sugiro que leia o artigo As Razões do Supremo que está no boletim 196 (maio/2012) do jornal CCEPA Opinião:

    http://ccepa-opiniao.blogspot.com.br/2012/05/opiniao-ano-xviii-n-196-maio-2012.html

    Abraços!

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